Exposição em SP reúne 50 obras do acervo do Instituto Inhotim, em MG
Luna D'Alama
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
- Cortesia Instituto Inhotim/Eduardo EckenfelsObra "Red", da artista japonesa Tsuruko Yamazaki, é uma das expostas no Itaú Cultural
A mostra é gratuita e fica em cartaz até 31 de maio, de terça a sexta-feira, das 9h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h. Em três andares do prédio (pisos 1M, 1S e S) na Avenida Paulista, a exposição apresenta quadros, fotografias, esculturas, instalações, performances e vídeos – entre outros trabalhos – representantes da arte contemporânea, conceitual e abstrata, de movimentos de vanguarda e do neoconcretismo, desde a década de 1950 até os anos 2000.
Há obras de artistas renomados, como Hélio Oiticica (1937-1980), Lygia Pape (1927-2004) e Lygia Clark (1920-1988), ao lado de figuras mais jovens das artes plásticas, como Juan Araujo, Gabriel Sierra e Jose Dávila. Entre os participantes de fora do país, há latino-americanos, europeus e japoneses.
Segundo a portuguesa Inês Grosso, uma das curadoras da mostra e curadora assistente do Inhotim, esta é a primeira exposição itinerante do instituto mineiro, com obras de sua coleção que nunca foram mostradas antes ao público (com exceção de três trabalhos, dos artistas Jorge Macchi, Anri Sala e Marcius Galan, que integraram exibições temporárias). No caso de "Seção Diagonal" (2008), de Marcius Galan, a obra que chega à capital paulista é uma versão feita pelo autor do trabalho exposto no Inhotim. A obra simula um vidro inexistente e cria uma ilusão de ótica ao usar materiais básicos como tinta, cera e luz.
"Propomos uma reflexão sobre a formação da arte contemporânea, por isso voltamos para os anos 1950 e 1960, época de muita experimentação, para entender o conceito de obra e a definição das categorias de obras de arte. Também ressuscitamos momentos-chave da arte no século 20, que ajudaram a reescrever todas as premissas das práticas atuais", explica Inês.
É por essa razão que "Do Objeto para o Mundo – Coleção Inhotim" (nome em referência à famosa frase "Museu é o mundo", de Hélio Oiticica) mescla artistas recentes com pioneiros das vanguardas. Ao todo, a exposição é dividida em seis núcleos temáticos: "Neoconcretismo, Ontem e Hoje", "Circulação e Virtualidade", "Um Dia Como Outro Qualquer", "Acionismos e Artes do Corpo", "Percepção e Ilusão" e "Som e Visão".
"Alguns dos principais temas que abordamos são: corpo, movimento, política, geometria, natureza, percepção, ilusão, visão e som", enumera a curadora. "Esse é um recorte entre muitos outros que seriam possíveis, pois Inhotim tem mais de 800 obras entre o que está exposto e o que se encontra no acervo. E essa é uma temática que nos interessa, por isso procuramos artistas que dialogassem com o objeto e o mundo, com a experiência cotidiana e com o mundo do espectador", completa Inês, que passou mais de um ano fazendo leituras e pesquisas ao lado do outro curador da mostra, Rodrigo Moura.
Para facilitar a interação do público com a arte contemporânea, foi elaborado um guia gratuito com textos explicativos sobre os artistas e as obras exibidas no Itaú Cultural. "Esse material é inédito e foi escrito por nós mesmos, para que o visitante entenda melhor os trabalhos e para que a exposição tenha um caráter mais participativo", afirma Inês.
Até o fim do ano, a ideia dos curadores é que essa mostra seja montada em uma galeria de Belo Horizonte.
Serviço
"Do Objeto para o Mundo – Coleção Inhotim"
Quando: De 2 de abril a 31 de maio. De terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h; e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Onde: Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149)
Quanto: Entrada gratuita
Mais informações: Pelos telefones (11) 2168-1776 e 2168-1777 ou no site do Itaú Cultural
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