segunda-feira, 7 de maio de 2018

Você já está nas nuvens?

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Cloud computing, ou computação em nuvem, vem ganhando espaço na mídia especializada através de lançamentos anunciados por empresas tais como Amazon, Google, IBM e Microsoft. Apesar de ser mais um termo da moda, merece ser analisada com atenção, pois tem atraído um volume considerável de investimentos de grandes participantes do mercado de TI. Na mesma direção vão os fundos de venture capital que começam a investir em novas empresas que oferecem soluções relacionadas a cloud computing, evidenciando o reconhecimento do potencial dessa nova tecnologia.


Mas o que é o cloud computing? No momento, essa tecnologia emergente ainda não possui uma definição clara e precisa. Para alguns, cloud computing é apenas um nome novo para iniciativas já feitas pela indústria no passado, como o Grid (um cluster de servidores ligados com baixo acoplamento), Utility Computing (serviços computacionais de hardware e storage comercializados como se fossem energia elétrica) e Autonomic Computing (sistemas capazes de auto-gerenciar problemas resultantes do rápido crescimento da complexidade de um ambiente computacional). Já outros acham que Cloud Computing é a evolução natural desses conceitos - embora não necessariamente seja realizado em um ambiente com Grid, Utility ou Autonomic Computing - combinando ainda algumas das novas tecnologias e tendências baseadas na Internet, como Web 2.0 e  Software as a Service (Saas).


Entre as definições mais consensuais diz-se que a computação em nuvem trata de ”um conjunto de recursos tais como aplicações, plataformas, capacidade de processamento, área de armazenamento, conectividade e serviços disponibilizados na Internet”.


Sob a ótica dos custos de TI, o cloud computing parece atender a uma necessidade antiga, a de aumentar a capacidade computacional disponível, ou mesmo reduzir essa capacidade, de acordo com a demanda de negócios da empresa. Tudo isso sem interrupções e sem a necessidade de mais investimentos na infra-estrutura do datacenter, novas aquisições de hardware e software, ou ainda a contratação e treinamento de novos funcionários. A empresa pode contar com uma extensão da capacidade de sua área de TI, disponível em tempo real na Internet, contratada com base na cobrança por uso efetivo dos recursos ou cobrança de uma assinatura pelo serviço desejado e sem se preocupar com a gestão do aumento da complexidade de TI.


Os provedores de cloud computing fornecem serviços e produtos baseados na nuvem, por exemplo, software como serviço sob demanda (SaaS), hardware como serviço sob demanda (baseado na medição de consumo de processamento computacional armazenamento em disco, banda de rede, redundância em datacenters de localidades distintas, etc.) e plataformas para desenvolvimento e hospedagem de aplicações. Também vêm emergindo iniciativas chamadas de integradoras ou agregadoras de nuvens, as quais coordenam a integração de vários desses serviços, dispostos em uma arquitetura SOA, e com uso de técnicas de mashups, as quais permitem desenvolver aplicações que usam conteúdos de mais de uma fonte para criar um novo serviço completo.


O modelo emergente de cloud computing vem sendo viabilizado pela convergência de diversos fatores, tais como o acesso quase ilimitado à Internet, a fabricação de servidores extremante poderosos, as tecnologias sofisticadas de virtualização e a disseminação de  arquiteturas multitenant, que permitem a uma instância de execução de software servir a vários clientes simultaneamente. Além disso, a perspectiva da redução de custos nos investimentos em TI tem impulsionado esse novo modelo.


O cloud computing promete revolucionar o modo como pessoas e empresas irão contratar os serviços e produtos relacionados à tecnologia de informação. As empresas passarão a contratar infra-estrutura e aplicações baseadas na nuvem. Na computação pessoal, o que o futuro parece desenhar é que não serão mais necessários os computadores pessoais com grande capacidade de processamento. As pessoas usarão apenas um equipamento portátil, com um browser para o acesso à Internet, acumulando a função de vários equipamentos atuais, tais como computador, telefone celular, câmera fotográfica e de vídeo, videogame e o que mais existir. Através desse browser será possível acessar qualquer informação pessoal (fotografias, músicas, vídeos, e-mails, etc.) e também aplicativos que estarão todos disponíveis na nuvem.

Para saber mais



Cristina Matsubara é Especialista Certificada IBM em TI e membro do TLC-BR desde 2007.
https://www.ibm.com/developerworks/community/blogs/tlcbr/entry/voce_ja_esta_nas_nuvens?lang=en

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