quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

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Help us bring "More Love to More People" as we create a fine art photo book featuring real LGBT couples and families across America.
We are so thrilled to share with you the latest from the project!
in 2014 will take the Love is Love project on the road out of Alaska! We'll be visiting states like Utah, Texas, Oklahoma, Mississippi, Alabama, and Georgia.
If we reach our goal we will photograph lesbian, gay, bisexual, and transgender couples in the Midwest in May 2014, and if we reach our secondary goal we will photograph the couples both in the Midwest in May 2014 and South in November 2014
Love is Love Couples
Trip Routes
Love is Love Tour Map
Love is Love Tour Map
Trip 1 Mid-West May 2014 Goal: $25,000
Utah, Nevada, Arizona, New Mexico, Texas, Oklahoma, Kansas, Missouri, Nebraska, Iowa, Wisconsin, South Dakota, North Dakota, Montana, Wyoming, Colorado.
Trip 2 South November 2014 Goal: $30,000
Georgia, South Carolina, North Carolina, Virginia, West Virginia, Ohio, Kentucky, Indiana, Tennessee, Arkansas, Mississippi, Louisiana, Alabama, Florida.
Trip 3 All 50 States Summer 2014 Goal: $50,000
Photograph the remaining 50 states.
Love is Love Budget
Love is Love Budget
Project History
 In the summer of 2012 we started the Love is Love project. During the first stage of the project we photographed 28 Vibrant LGBT families from all over Alaska. Thru out the project filmmaker April Frame recorded video, interviewed couples, and compiled a video that is sure to leave you misty eyed. Check out a preview of the film below. (WARNING: Tissues Required)
During our gallery opening on October 5th 2012, over 760 Alaskan’s came to show their support for the project, and the beautiful couples. Shortly after the show in 2013 Senator Lisa Murkowski announced her support for the repeal of the Defence of Marriage Act (DOMA) and sent us this note about the project.
Senator Lisa Murkowski and Love is Love
Senator Lisa Murkowski and Love is Love
Love is Love Gallery Opening in Anchorage
Love is Love Gallery Opening in Anchorage
Media Coverage
AdvocateAlthough Alaska is unlike anywhere else in the country, love there looks like it does just about any place. But what photographers Mitch Kitter and Shalem Mathew really set out to prove with the launch of the "Love Is Love" project in the summer of 2012 is even simpler — that love is love, no matter if you are straight or LGBT.
Alaska DispatchPhotographers and studio owners Shalem Mathew and Mitch Kitter, partners themselves, decided they would document same-sex couples to help people understand that love is the same for everyone. They put out a call on Facebook for same-sex couples who wanted their portraits taken, and the response was tremendous.
Daily News: What started as a localized exertion by “Like is Appreciate: Alaska,” the challenge will extend via several states that have not still legalized marriage equality, this kind of as Utah and Texas, in an work to showcase the appreciate of LGBT partners in these spots via a photo book.
Freedom to Marry: More than two years ago, a young woman was having head shots taken at Treft.Punkt, a photography studio in Anchorage, Alaska. During her shoot, she asked the photographer, Shalem Mathew, about his wedding engagement shoots. "Do you photograph all kinds of people?" She asked.
Huffington Post: "Love Is Love" is a large-scale photography project from Mitch Kitter and Shalem Mathew that seeks to document the love and commitment of lesbian, gay, bisexual and transgender couples and their families across America.
Kenneth Walsh: Help Mitch Kitter and Shalem Mathew bring "more love to more people" as they create a fine-art photo book featuring real LGBT couples and families from across America.
Media Bistro: Photographers Mitch Kitter and Shalem Mathew hope to raise $25,000 on Kickstarter. They hope to use the funds to create an art photo book for the “Love is Love” project.
Out Traveler: Mitch Kitter and Shalem Mathew have tapped into the power of beautiful images with their series of couples portraits in Alaska. Help them hit the other 49 states.
Reddit: There is a great discussion going on over at Reddit, check it out! 
 The Rewards:
Signed Thank You Card
Signed Thank You Card
Pack of Five Postcards to send to friends and family
Pack of Five Postcards to send to friends and family
Love is Love Book
Love is Love Book
Love is Love Book Inside
Love is Love Book Inside
 Who are these guys?
Head over to our bio to learn more about us, or check out our other work below:
Mitch Kitter - PropagandaAK
Mitch Kitter - PropagandaAK
Shalem Mathew - Shalem Photography
Shalem Mathew - Shalem Photography

https://www.kickstarter.com/projects/loveislove/the-love-is-love-project
Edição 14 - Novembro de 2007

Aquecimento global é inevitável e 6 bi morrerão, diz cientista

James Lovelock, renomado cientista, diz que o aquecimento global é irreversível - e que mais de 6 bilhões de pessoas vão morrer neste século
James Lovelock, sempre provocador, acredita que a raça humana está em perigo real e imediato. "Será uma época sombria, mas emocionante"
Cortesia de James Lovelock Veja a galeria completa
por Por Jeff Goodell
Aos 88 anos, depois de quatro filhos e uma carreira longa e respeitada como um dos cientistas mais influentes do século 20, James Lovelock chegou a uma conclusão desconcertante: a raça humana está condenada. "Gostaria de ser mais esperançoso", ele me diz em uma manhã ensolarada enquanto caminhamos em um parque em Oslo (Noruega), onde o estudioso fará uma palestra em uma universidade. Lovelock é baixinho, invariavelmente educado, com cabelo branco e óculos redondos que lhe dão ares de coruja. Seus passos são gingados; sua mente, vívida; seus modos, tudo menos pessimistas. Aliás, a chegada dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse - guerra, fome, pestilência e morte - parece deixá-lo animado. "Será uma época sombria", reconhece. "Mas, para quem sobreviver, desconfio que vá ser bem emocionante."
Na visão de Lovelock, até 2020, secas e outros extremos climáticos serão lugar-comum. Até 2040, o Saara vai invadir a Europa, e Berlim será tão quente quanto Bagdá. Atlanta acabará se transformando em uma selva de trepadeiras kudzu. Phoenix se tornará um lugar inabitável, assim como partes de Beijing (deserto), Miami (elevação do nível do mar) e Londres (enchentes). A falta de alimentos fará com que milhões de pessoas se dirijam para o norte, elevando as tensões políticas. "Os chineses não terão para onde ir além da Sibéria", sentencia Lovelock. "O que os russos vão achar disso? Sinto que uma guerra entre a Rússia e a China seja inevitável." Com as dificuldades de sobrevivência e as migrações em massa, virão as epidemias. Até 2100, a população da Terra encolherá dos atuais 6,6 bilhões de habitantes para cerca de 500 milhões, sendo que a maior parte dos sobreviventes habitará altas latitudes - Canadá, Islândia, Escandinávia, Bacia Ártica.
Até o final do século, segundo o cientista, o aquecimento global fará com que zonas de temperatura como a América do Norte e a Europa se aqueçam quase 8 graus Celsius - quase o dobro das previsões mais prováveis do relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática, a organização sancionada pela ONU que inclui os principais cientistas do mundo. "Nosso futuro", Lovelock escreveu, "é como o dos passageiros em um barquinho de passeio navegando tranqüilamente sobre as cataratas do Niagara, sem saber que os motores em breve sofrerão pane". E trocar as lâmpadas de casa por aquelas que economizam energia não vai nos salvar. Para Lovelock, diminuir a poluição dos gases responsáveis pelo efeito estufa não vai fazer muita diferença a esta altura, e boa parte do que é considerado desenvolvimento sustentável não passa de um truque para tirar proveito do desastre. "Verde", ele me diz, só meio de piada, "é a cor do mofo e da corrupção."
Se tais previsões saíssem da boca de qualquer outra pessoa, daria para rir delas como se fossem devaneios. Mas não é tão fácil assim descartar as idéias de Lovelock. Na posição de inventor, ele criou um aparelho que ajudou a detectar o buraco crescente na camada de ozônio e que deu início ao movimento ambientalista da década de 1970. E, na posição de cientista, apresentou a teoria revolucionária conhecida como Gaia - a idéia de que nosso planeta é um superorganismo que, de certa maneira, está "vivo". Essa visão hoje serve como base a praticamente toda a ciência climática. Lynn Margulis, bióloga pioneira na Universidade de Massachusetts (Estados Unidos), diz que ele é "uma das mentes científicas mais inovadoras e rebeldes da atualidade". Richard Branson, empresário britânico, afirma que Lovelock o inspirou a gastar bilhões de dólares para lutar contra o aquecimento global. "Jim é um cientista brilhante que já esteve certo a respeito de muitas coisas no passado", diz Branson. E completa: "Se ele se sente pessimista a respeito do futuro, é importante para a humanidade prestar atenção."
Lovelock sabe que prever o fim da civilização não é uma ciência exata. "Posso estar errado a respeito de tudo isso", ele admite. "O problema é que todos os cientistas bem intencionados que argumentam que não estamos sujeitos a nenhum perigo iminente baseiam suas previsões em modelos de computador. Eu me baseio no que realmente está acontecendo."
Quando você se aproxima da casa de Lovelock em Devon, uma área rural no sudoeste da Inglaterra, a placa no portão de metal diz, claramente: "Estação Experimental de Coombe Mill. Local de um novo hábitat. Por favor, não entre nem incomode".
Depois de percorrer algumas centenas de metros em uma alameda estreita, ao lado de um moinho antigo, fica uma casinha branca com telhado de ardósia onde Lovelock mora com a segunda mulher, Sandy, uma norte-americana, e seu filho mais novo, John, de 51 anos e que tem incapacidade leve. É um cenário digno de conto de fadas, cercado de 14 hectares de bosques, sem hortas nem jardins com planejamento paisagístico. Parcialmente escondida no bosque fica uma estátua em tamanho natural de Gaia, a deusa grega da Terra, em homenagem à qual James Lovelock batizou sua teoria inovadora.
A maior parte dos cientistas trabalha às margens do conhecimento humano, adicionando, aos poucos, nova informações para a nossa compreensão do mundo. Lovelock é um dos poucos cujas idéias fomentaram, além da revolução científica, também a espiritual. "Os futuros historiadores da ciência considerarão Lovelock como o homem que inspirou uma mudança digna de Copérnico na maneira como nos enxergamos no mundo", prevê Tim Lenton, pesquisador de clima na Universidade de East Anglia, na Inglaterra. Antes de Lovelock aparecer, a Terra era considerada pouco mais do que um pedaço de pedra aconchegante que dava voltas em torno do Sol. De acordo com a sabedoria em voga, a vida evoluiu aqui porque as condições eram adequadas: não muito quente nem muito frio, muita água. De algum modo, as bactérias se transformaram em organismos multicelulares, os peixes saíram do mar e, pouco tempo depois, surgiu Britney Spears.
Na década de 1970, Lovelock virou essa idéia de cabeça para baixo com uma simples pergunta: Por que a Terra é diferente de Marte e de Vênus, onde a atmosfera é tóxica para a vida? Em um arroubo de inspiração, ele compreendeu que nossa atmosfera não foi criada por eventos geológicos aleatórios, mas sim devido à efusão de tudo que já respirou, cresceu e apodreceu. Nosso ar "não é meramente um produto biológico", James Lovelock escreveu. "É mais provável que seja uma construção biológica: uma extensão de um sistema vivo feito para manter um ambiente específico." De acordo com a teoria de Gaia, a vida é participante ativa que ajuda a criar exatamente as condições que a sustentam. É uma bela idéia: a vida que sustenta a vida. Também estava bem em sintonia com o tom pós-hippie dos anos 70. Lovelock foi rapidamente adotado como guru espiritual, o homem que matou Deus e colocou o planeta no centro da experiência religiosa da Nova Era. O maior erro de sua carreira, aliás, não foi afirmar que o céu estava caindo, mas deixar de perceber que estava. Em 1973, depois de ser o primeiro a descobrir que os clorofluocarbonetos (CFCs), um produto químico industrial, tinham poluído a atmosfera, Lovelock declarou que a acumulação de CFCs "não apresentava perigo concebível". De fato, os CFCs não eram tóxicos para a respiração, mas estavam abrindo um buraco na camada de ozônio. Lovelock rapidamente revisou sua opinião, chamando aquilo de "uma das minhas maiores bolas fora", mas o erro pode ter lhe custado um prêmio Nobel.
No início, ele também não considerou o aquecimento global como uma ameaça urgente ao planeta. "Gaia é uma vagabunda durona", ele explica com freqüência, tomando emprestada uma frase cunhada por um colega. Mas, há alguns anos, preocupado com o derretimento acelerado do gelo no Ártico e com outras mudanças relacionadas ao clima, ele se convenceu de que o sistema de piloto automático de Gaia está seriamente desregulado, tirado dos trilhos pela poluição e pelo desmatamento. Lovelock acredita que o planeta vai recuperar seu equilíbrio sozinho, mesmo que demore milhões de anos. Mas o que realmente está em risco é a civilização. "É bem possível considerar seriamente as mudanças climáticas como uma resposta do sistema que tem como objetivo se livrar de uma espécie irritante: nós, os seres humanos", Lovelock me diz no pequeno escritório que montou em sua casa. "Ou pelo menos fazer com que diminua de tamanho."
Se você digitar "gaia" e "religion" no Google, vai obter 2,36 milhões de páginas - praticantes de wicca, viajantes espirituais, massagistas e curandeiros sexuais, todos inspirados pela visão de Lovelock a respeito do planeta. Mas se você perguntar a ele sobre cultos pagãos, ele responde com uma careta: não tem interesse na espiritualidade desmiolada nem na religião organizada, principalmente quando coloca a existência humana acima de tudo o mais. Em Oxford, certa vez ele se levantou e repreendeu Madre Teresa por pedir à platéia que cuidasse dos pobres e "deixasse que Deus tomasse conta da Terra". Como Lovelock explicou a ela, "se nós, as pessoas, não respeitarmos a Terra e não tomarmos conta dela, podemos ter certeza de que ela, no papel de Gaia, vai tomar conta de nós e, se necessário for, vai nos eliminar".
Gaia oferece uma visão cheia de esperança a respeito de como o mundo funciona. Afinal de contas, se a Terra é mais do que uma simples pedra que gira ao redor do sol, se é um superorganismo que pode evoluir, isso significa que existe certa quantidade de perdão embutida em nosso mundo - e essa é uma conclusão que vai irritar profundamente estudiosos de biologia e neodarwinistas de absolutamente todas as origens.
Para Lovelock, essa é uma idéia reconfortante. Considere a pequena propriedade que ele tem em Devon. Quando ele comprou o terreno, há 30 anos, era rodeada por campos aparados por mil anos de ovelhas pastando. E ele se empenhou em devolver a seus 14 hectares um caráter mais próximo do natural. Depois de consultar um engenheiro florestal, plantou 20 mil árvores - amieiros, carvalhos, pinheiros. Infelizmente, plantou muitas delas próximas demais, e em fileiras. Agora, as árvores estão com cerca de 12 metros de altura, mas em vez de ter ar "natural", partes do terreno dele parecem simplesmente um projeto de reflorestamento mal executado. "Meti os pés pelas mãos", Lovelock diz com um sorriso enquanto caminhamos no bosque. "Mas, com o passar dos anos, Gaia vai dar um jeito."
Até pouco tempo atrás, Lovelock achava que o aquecimento global seria como sua floresta meia-boca - algo que o planeta seria capaz de corrigir. Então, em 2004, Richard Betts, amigo de Lovelock e pesquisador no Centro Hadley para as Mudanças Climáticas - o principal instituto climático da Inglaterra -, convidou-o para dar uma passada lá e bater um papo com os cientistas. Lovelock fez reunião atrás de reunião, ouvindo os dados mais recentes a respeito do gelo derretido nos pólos, das florestas tropicais cada vez menores, do ciclo de carbono nos oceanos. "Foi apavorante", conta.
"Mostraram para nós cinco cenas separadas de respostas positivas em climas regionais - polar, glacial, floresta boreal, floresta tropical e oceanos -, mas parecia que ninguém estava trabalhando nas conseqüências relativas ao planeta como um todo." Segundo ele, o tom usado pelos cientistas para falar das mudanças que testemunharam foi igualmente de arrepiar: "Parecia que estavam discutindo algum planeta distante ou um universo-modelo, em vez do lugar em que todos nós, a humanidade, vivemos".
Quando Lovelock estava voltando para casa em seu carro naquela noite, a compreensão lhe veio. A capacidade de adaptação do sistema se perdera. O perdão fora exaurido. "O sistema todo", concluiu, "está em modo de falha." Algumas semanas depois, ele começou a trabalhar em seu livro mais pessimista, A Vingança de Gaia, publicado no Brasil em 2006. Na sua visão, as falhas nos modelos climáticos computadorizados são dolorosamente aparentes. Tome como exemplo a incerteza relativa à projeção do nível do mar: o IPCC, o painel da ONU sobre mudanças climáticas, estima que o aquecimento global vá fazer com que a temperatura média da Terra aumente até 6,4 graus Celsius até 2100. Isso fará com que geleiras em terra firme derretam e que o mar se expanda, dando lugar à elevação máxima do nível de mar de apenas pouco menos de 60 centímetros. A Groenlândia, de acordo com os modelos do IPCC, demorará mil anos para derreter.
Mas evidências do mundo real sugerem que as estimativas do IPCC são conservadoras demais. Para começo de conversa, os cientistas sabem, devido aos registros geológicos, que há 3 milhões de anos, quando as temperaturas subiram cinco graus acima dos níveis atuais, os mares subiram não 60 centímetros, mas 24 metros. Além do mais, medidas feitas por satélite recentemente indicam que o Ártico está derretendo com tanta rapidez que a região pode ficar totalmente sem gelo até 2030. "Quem elabora os modelos não tem a menor noção sobre derretimento de placas de gelo", desdenha o estudioso, sem sorrir.
Mas não é apenas o gelo que invalida os modelos climáticos. Sabe-se que é difícil prever corretamente a física das nuvens, e fatores da biosfera, como o desmatamento e o derretimento da Tundra, raramente são levados em conta. "Os modelos de computador não são bolas de cristal", argumenta Ken Caldeira, que elabora modelos climáticos na Universidade de Stanford, cuja carreira foi profundamente influenciada pelas idéias de Lovelock. "Ao observar o passado, fazemos estimativas bem informadas em relação ao futuro. Os modelos de computador são apenas uma maneira de codificar esse conhecimento acumulado em apostas automatizadas e bem informadas."
Aqui, em sua essência supersimplificada, está o cenário pessimista de Lovelock: o aumento da temperatura significa que mais gelo derreterá nos pólos, e isso significa mais água e terra. Isso, por sua vez, faz aumentar o calor (o gelo reflete o sol, a terra e a água o absorvem), fazendo com que mais gelo derreta. O nível do mar sobe. Mais calor faz com que a intensidade das chuvas aumente em alguns lugares e com que as secas se intensifiquem em outros. As florestas tropicais amazônicas e as grandes florestas boreais do norte - o cinturão de pinheiros e píceas que cobre o Alasca, o Canadá e a Sibéria - passarão por um estirão de crescimento, depois murcharão até desaparecer. O solo permanentemente congelado das latitudes do norte derrete, liberando metano, um gás que contribui para o efeito estufa e que é 20 vezes mais potente do que o CO2... e assim por diante. Em um mundo de Gaia funcional, essas respostas positivas seriam moduladas por respostas negativas, sendo que a maior de todas é a capacidade da Terra de irradiar calor para o espaço. Mas, a certa altura, o sistema de regulagem pára de funcionar e o clima dá um salto - como já aconteceu muitas vezes no passado - para uma nova situação, mais quente. Não é o fim do mundo, mas certamente é o fim do mundo como o conhecemos.
O cenário pessimista de Lovelock é desprezado por pesquisadores de clima de renome, sendo que a maior parte deles rejeita a idéia de que haja um único ponto de desequilíbrio para o planeta inteiro. "Ecossistemas individuais podem falhar ou as placas de gelo podem entrar em colapso", esclarece Caldeira, "mas o sistema mais amplo parece ser surpreendentemente adaptável." No entanto, vamos partir do princípio, por enquanto, de que Lovelock esteja certo e que de fato estejamos navegando por cima das cataratas do Niagara. Simplesmente vamos acenar antes de cair? Na visão de Lovelock, reduções modestas de emissões de gases que contribuem para o efeito estufa não vão nos ajudar - já é tarde demais para deter o aquecimento global trocando jipões a diesel por carrinhos híbridos. E a idéia de capturar a poluição de dióxido de carbono criada pelas usinas a carvão e bombear para o subsolo? "Não há como enterrar quantidade suficiente para fazer diferença." Biocombustíveis? "Uma idéia monumentalmente idiota." Renováveis? "Bacana, mas não vão nem fazer cócegas." Para Lovelock, a idéia toda do desenvolvimento sustentável é equivocada: "Deveríamos estar pensando em retirada sustentável".
A retirada, na visão dele, significa que está na hora de começar a discutir a mudança do lugar onde vivemos e de onde tiramos nossos alimentos; a fazer planos para a migração de milhões de pessoas de regiões de baixa altitude, como Bangladesh, para a Europa; a admitir que Nova Orleans já era e mudar as pessoas para cidades mais bem posicionadas para o futuro. E o mais importante de tudo é que absolutamente todo mundo "deve fazer o máximo que pode para sustentar a civilização, de modo que ela não degenere para a Idade das Trevas, com senhores guerreiros mandando em tudo, o que é um perigo real. Assim, podemos vir a perder tudo".
Até os amigos de Lovelock se retraem quando ele fala assim. "Acho que ele está deixando nossa cota de desespero no negativo", diz Chris Rapley, chefe do Museu de Ciência de Londres, que se empenhou com afinco para despertar a consciência mundial sobre o aquecimento global. Outros têm a preocupação justificada de que as opiniões de Lovelock sirvam para dispersar o momento de concentração de vontade política para impor restrições pesadas às emissões de gases poluentes que contribuem para o efeito estufa. Broecker, o paleoclimatologista de Columbia, classifica a crença de Lovelock de que reduzir a poluição é inútil como "uma bobagem perigosa".
"Eu gostaria de poder dizer que turbinas de vento e painéis solares vão nos salvar", Lovelock responde. "Mas não posso. Não existe nenhum tipo de solução possível. Hoje, há quase 7 bilhões de pessoas no planeta, isso sem falar nos animais. Se pegarmos apenas o CO2 de tudo que respira, já é 25% do total - quatro vezes mais CO2 do que todas as companhias aéreas do mundo. Então, se você quer diminuir suas emissões, é só parar de respirar. É apavorante. Simplesmente ultrapassamos todos os limites razoáveis em números. E, do ponto de vista puramente biológico, qualquer espécie que faz isso tem que entrar em colapso."
Mas isso não é sugerir, no entanto, que Lovelock acredita que deveríamos ficar tocando harpa enquanto assistimos o mundo queimar. É bem o contrário. "Precisamos tomar ações ousadas", ele insiste. "Temos uma quantidade enorme de coisas a fazer." De acordo com a visão dele, temos duas escolhas: podemos retornar a um estilo de vida mais primitivo e viver em equilíbrio com o planeta como caçadores-coletores ou podemos nos isolar em uma civilização muito sofisticada, de altíssima tecnologia. "Não há dúvida sobre que caminho eu preferiria", diz certa manhã, em sua casa, com um sorriso aberto no rosto enquanto digita em seu computador. "Realmente, é uma questão de como organizamos a sociedade - onde vamos conseguir nossa comida, nossa água. Como vamos gerar energia."
Em relação à água, a resposta é bem direta: usinas de dessalinização, que são capazes de transformar água do mar em água potável. O suprimento de alimentos é mais difícil: o calor e a seca vão acabar com a maior parte das regiões de plantações de alimentos hoje existentes. Também vão empurrar as pessoas para o norte, onde vão se aglomerar em cidades. Nessas áreas, não haverá lugar para quintais ajardinados. Como resultado, Lovelock acredita, precisaremos sintetizar comida - teremos que criar alimentos em barris com culturas de tecidos de carnes e vegetais. Isso parece muito exagerado e profundamente desagradável, mas, do ponto de vista tecnológico, não será difícil de realizar.
O fornecimento contínuo de eletricidade também será vital, segundo ele. Cinco dias depois de visitar o centro Hadley, Lovelock escreveu um artigo opinativo polêmico, intitulado: "Energia nuclear é a única solução verde". Lovelock argumentava que "devemos usar o pequeno resultado dos renováveis com sensatez", mas que "não temos tempo para fazer experimentos com essas fontes de energia visionárias; a civilização está em perigo iminente e precisa usar a energia nuclear - a fonte de energia mais segura disponível - agora ou sofrer a dor que em breve será infligida a nosso planeta tão ressentido".
Ambientalistas urraram em protesto, mas qualquer pessoa que conhecia o passado de Lovelock não se surpreendeu com sua defesa à energia nuclear. Aos 14 anos, ao ler que a energia do sol vem de uma reação nuclear, ele passou a acreditar que a energia nuclear é uma das forças fundamentais no universo. Por que não aproveitá-la? No que diz respeito aos perigos - lixo radioativo, vulnerabilidade ao terrorismo, desastres como o de Chernobyl - Lovelock diz que este é dos males o menos pior: "Mesmo que eles tenham razão a respeito dos perigos, e não têm, continua não sendo nada na comparação com as mudanças climáticas".
Como último recurso, para manter o planeta pelo menos marginalmente habitável, Lovelock acredita que os seres humanos podem ser forçados a manipular o clima terrestre com a construção de protetores solares no espaço ou instalando equipamentos para enviar enormes quantidades de CO2 para fora da atmosfera. Mas ele considera a geoengenharia em larga escala como um ato de arrogância - "Imagino que seria mais fácil um bode se transformar em um bom jardineiro do que os seres humanos passarem a ser guardiões da Terra". Na verdade, foi Lovelock que inspirou seu amigo Richard Branson a oferecer um prêmio de US$ 25 milhões para o "Virgin Earth Challenge" (Desafio Virgin da Terra), que será concedido à primeira pessoa que conseguir criar um método comercialmente viável de remover os gases responsáveis pelo efeito estufa da atmosfera. Lovelock é juiz do concurso, por isso não pode participar dele, mas ficou intrigado com o desafio. Sua mais recente idéia: suspender centenas de milhares de canos verticais de 18 metros de comprimento nos oceanos tropicais, colocar uma válvula na base de cada cano e permitir que a água das profundezas, rica em nutrientes, seja bombeada para a superfície pela ação das ondas. Os nutrientes das águas das profundezas aumentariam a proliferação das algas, que consumiriam o dióxido de carbono e ajudariam a resfriar o planeta. "É uma maneira de contrabalançar o sistema de energia natural da Terra usando ele próprio", Lovelock especula. "Acho que Gaia aprovaria."
Oslo é o tipo perfeito de cidade para Lovelock. Fica em latitudes do norte, que ficarão mais temperadas na medida em que o clima for esquentando; tem água aos montes; graças a suas reservas de petróleo e gás, é rica; e lá já há muito pensamento criativo relativo à energia, incluindo, para a satisfação de Lovelock, discussões renovadas a respeito da energia nuclear. "A questão principal a ser discutida aqui é como manejar as hordas de pessoas que chegarão à cidade", Lovelock avisa. "Nas próximas décadas, metade da população do sul da Europa vai tentar se mudar para cá."
Nós nos dirigimos para perto da água, passando pelo castelo de Akershus, uma fortaleza imponente do século 13 que funcionou como quartel-general nazista durante a ocupação da cidade na Segunda Guerra Mundial. Para Lovelock, os paralelos entre o que o mundo enfrentou naquela época e o que enfrenta hoje são bem claros. "Em certos aspectos, é como se estivéssemos de novo em 1939", ele afirma. "A ameaça é óbvia, mas não conseguimos nos dar conta do que está em jogo. Ainda estamos falando de conciliação."
Naquele tempo, como hoje, o que mais choca Lovelock é a ausência de liderança política. Apesar de respeitar as iniciativas de Al Gore para conscientizar as pessoas, não acredita que nenhum político tenha chegado perto de nos preparar para o que vem por aí. "Em muito pouco tempo, estaremos vivendo em um mundo desesperador, comenta Lovelock. Ele acredita que está mais do que na hora para uma versão "aquecimento global" do famoso discurso que Winston Churchill fez para preparar a Grã-Bretanha para a Segunda Guerra Mundial: "Não tenho nada a oferecer além de sangue, trabalho, lágrimas e suor". "As pessoas estão prontas para isso", Lovelock dispara quando passamos sob a sombra do castelo. "A população entende o que está acontecendo muito melhor do que a maior parte dos políticos."
Independentemente do que o futuro trouxer, é provável que Lovelock não esteja por aí para ver. "O meu objetivo é viver uma vida retangular: longa, forte e firme, com uma queda rápida no final", sentencia. Lovelock não apresenta sinais de estar se aproximando de seu ponto de queda. Apesar de já ter passado por 40 operações, incluindo ponte de safena, continua viajando de um lado para o outro no interior inglês em seu Honda branco, como um piloto de Fórmula 1. Ele e Sandy recentemente passaram um mês de férias na Austrália, onde visitaram a Grande Barreira de Corais. O cientista está prestes a começar a escrever mais um livro sobre Gaia. Richard Branson o convidou para o primeiro vôo do ônibus espacial Virgin Galactic, que acontecerá no fim do ano que vem - "Quero oferecer a ele a visão de Gaia do espaço", diz Branson. Lovelock está ansioso para fazer o passeio, e planeja fazer um teste em uma centrífuga até o fim deste ano para ver se seu corpo suporta as forças gravitacionais de um vôo espacial. Ele evita falar de seu legado, mas brinca com os filhos dizendo que quer ver gravado na lápide de seu túmulo: "Ele nunca teve a intenção de ser conciliador".
Em relação aos horrores que nos aguardam, Lovelock pode muito bem estar errado. Não por ter interpretado a ciência erroneamente (apesar de isso certamente ser possível), mas por ter interpretado os seres humanos erroneamente. Poucos cientistas sérios duvidam que estejamos prestes a viver uma catástrofe climática. Mas, apesar de toda a sensibilidade de Lovelock para a dinâmica sutil e para os ciclos de resposta no sistema climático, ele se mostra curiosamente alheio à dinâmica sutil e aos ciclos de resposta no sistema humano. Ele acredita que, apesar dos nossos iPhones e dos nossos ônibus espaciais, continuamos sendo animais tribais, amplamente incapazes de agir pelo bem maior ou de tomar decisões de longo prazo que garantam nosso bem-estar. "Nosso progresso moral", diz Lovelock, "não acompanhou nosso progresso tecnológico."
Mas talvez seja exatamente esse o motivo do apocalipse que está por vir. Uma das questões que fascina Lovelock é a seguinte: A vida vem evoluindo na Terra há mais de 3 bilhões de anos - e por que motivo? "Gostemos ou não, somos o cérebro e o sistema nervoso de Gaia", ele explica. "Agora, assumimos responsabilidade pelo bem-estar do planeta. Como vamos lidar com isso?"
Enquanto abrimos caminho no meio dos turistas que se dirigem para o castelo, é fácil olhar para eles e ficar triste. Mais difícil é olhar para eles e ter esperança. Mas quando digo isso a Lovelock, ele argumenta que a raça humana passou por muitos gargalos antes - e que talvez sejamos melhores por causa disso. Então ele me conta a história de um acidente de avião, anos atrás, no aeroporto de Manchester. "Um tanque de combustível pegou fogo durante a decolagem", recorda. "Havia tempo de sobra para todo mundo sair, mas alguns passageiros simplesmente ficaram paralisados, sentados nas poltronas, como tinham lhes dito para fazer, e as pessoas que escaparam tiveram que passar por cima deles para sair. Era perfeitamente óbvio o que era necessário fazer para sair, mas eles não se mexiam. Morreram carbonizados ou asfixiados pela fumaça. E muita gente, fico triste em dizer, é assim. E é isso que vai acontecer desta vez, só que em escala muito maior."
Lovelock olha para mim com olhos azuis muito firmes. "Algumas pessoas vão ficar sentadas na poltrona sem fazer nada, paralisadas de pânico. Outras vão se mexer. Vão ver o que está prestes a acontecer, e vão tomar uma atitude, e vão sobreviver. São elas que vão levar a civilização em frente."
(Tradução de Ana Ban)

http://rollingstone.uol.com.br/edicao/14/aquecimento-global-e-inevitavel-e-6-bi-morrerao-diz-cientista

Entrevista al clítoris: “Guardo todavía muchos secretos”

Hablamos con el único órgano humano dedicado única y exclusivamente a dar placer, y que es exclusivo del género femenino.

clitoris

Foto: Laura Pacheco
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A pesar de tener un nombre universal, igual para casi todas las lenguas, esta parte de la anatomía femenina ha sido la gran desconocida y hasta perseguida culturalmente. Al estar parcialmente escondido, su protagonismo ha sido menor que el de su homólogo masculino, el pene. Pero el clítoris parece dispuesto a hacerse oír y conquistar su trono. La industria del juguete erótico empieza a tenerlo en cuenta y, recientemente, la ciencia nos ha permitido visualizarlo en toda su extensión y en 3D. Ahora que el universo catódico nos ha dado una lección de historia sobre la importancia del orgasmo clitoriano (gracias a Virginia Johnson y Bill Masters en Masters of Sex), charlamos con el clítoris para averiguar un poco más sobre este gran desconocido.

Es el único órgano humano encargado única y exclusivamente de dar placer y, sin embargo, no se le ha reconocido como se merece. ¿Es eso una prueba más de la tendencia masoquista del ser humano?
El pene tiene muchos monumentos, una corriente artística, casi un género –el fálico–. A mí me han hecho pocas estatuas y debería ser todo lo contrario. Mi labor es totalmente altruista y desinteresada. Y, sin embargo, soy también el único órgano que debe pedir derecho de asilo. En algunos países nos cortan la cabeza y lo hacen las propias madres a sus hijas. ¿Imagínese un lugar donde se le cercenaran las orejas a los niños al llegar a la pubertad? Sería de locos, pero a nosotros nos sigue ocurriendo.

Lo imagino resentido con la vagina, a lo largo de la historia le ha quitado todo el protagonismo…
¡Qué se puede esperar de una sociedad tradicionalmente machista y puritana! La penetración vaginal tiene una función reproductora y la consigna durante siglos ha sido “creced y multiplicaos”. Sin embargo, yo no traigo hijos al mundo. Todavía mucha gente identifica el órgano sexual masculino con el pene y el femenino con la vagina. Pues no señor, soy yo. La vagina es mucho menos sensible. Cuando oigo todavía la diferencia entre orgasmo vaginal y clitoriano me echo a reír. Todos los orgasmos pasan por mí. Los de la vagina no son sino una estimulación indirecta de mi persona. Se podría decir que soy como un iceberg, solo muestro una parte muy pequeña de mí, la otra se ramifica por toda la pelvis.

¿Y qué me dice del famoso punto G?
Sí, vaya marketing se ha montado, con ese halo de misterio que lo rodea y que fluctúa entre la realidad y la leyenda. Pero cada día nacen más puntos el A, el U. Todo un alfabeto. Yo el punto G lo veo como un plan B. No es sino una estimulación indirecta de mí. La ciencia todavía tiene mucho que descubrir al respecto. Últimamente se empieza a hablar del complejo uretra-clítoris-vagina, una zona de estimulación erótica y sensorial muy potente que todavía está por descubrir.

Los orgasmos que pueden experimentar algunas mujeres manipulando sus pechos, ¿también pasan por usted?
Siempre se ha hablado de una ligazón entre el pezón y el clítoris, un cablecito que une estos dos puntos y que algunas mujeres conocen muy bien. Expertos de la Universidad de Rutgers, en EE UU, crearon en 2011 un mapa cerebral del placer sexual femenino. A través de escáneres, los investigadores pudieron identificar las áreas del cerebro implicadas en la excitación de los genitales femeninos. Los resultados, publicados en el Journal of Sexual Medicine, revelaron que la estimulación del clítoris no es la única que activa la corteza sensorial, como se pensaba, sino que estimular la vagina, el cuello del útero e incluso los pezones, también desencadena respuestas cerebrales. El biólogo Barry Komisaruk, autor principal del estudio, explicaba al diario argentino Perfil: “Lo inesperado fue, además, que la autoestimulación del pezón activa las mismas áreas cerebrales que la región genital”. Lo que explica que algunas mujeres puedan llegar al orgasmo con la sola masturbación de sus pechos.

La ciencia no ha estado muy interesada en usted a lo largo de la historia, de hecho se ha visto su anatomía completa por primera vez en 1998, gracias a los estudios de imagen por resonancia magnética que realizó la uróloga australiana Helen O’Connell.
Y hace tan solo cuatro años que los investigadores franceses Dr. Odile Buisson y Dr. Pierre Foldès crearon el primer sonograma completo en 3D del clítoris estimulado. Ya le digo que nunca ha habido demasiado interés en mí. Freud dijo que yo era un pene inacabado y que la mujer que solo experimentaba placer conmigo es que no había madurado demasiado. Solo en mi parte externa poseo unas 8.000 terminaciones nerviosas, el doble que las del pene, y estas se comunican con otras 15.000 más en la región pélvica.

Sin embargo, los estudios de Masters y Johnson lo dieron a conocer al gran público, incluso contribuyeron a desarrollar un nuevo tipo de feminismo.
Sí, ellos descubrieron una sexualidad femenina independiente del coito con los hombres. Los hallazgos científicos sobre mí, demostraban que se podía prescindir del hombre. “La mujer a menudo no queda satisfecha con una única experiencia orgásmica” dijeron Master y Johnson en su libro La respuesta sexual humana. Las feministas más radicales estaban muy contentas con estos descubrimientos porque demostraban la superioridad sexual de la mujer, ya que además era multiorgásmica. Mientras, los conservadores veían al orgasmo clitoideo como una amenaza para la heterosexualidad. Sin ir tan lejos, ni ser tan apocalíptico, la verdad es que, gracias a estos descubrimientos, muchas mujeres se replantearon sus relaciones sexuales y empezaron a tomar las riendas de su vida erótica. Puedo presumir de mi contribución al feminismo.

¿Se dice que aguanta mejor el paso del tiempo que el pene?
Muchas mujeres experimentan su plenitud sexual en la madurez, a los 40 y tantos, pero no es del todo cierto que aguante el tiempo muy bien. Mi mecanismo es muy similar al del órgano masculino. Tengo erecciones y eyaculo –a veces a la manera masculina– y, como el pene, soy un cuerpo cavernoso y me afectan la hipertensión y la diabetes. Los años no me favorecen, lo que ocurre es que muchas mujeres me descubren tarde, y es entonces cuando me empiezan a disfrutar, a hacerse adictas al sexo y a tratar de recuperar el tiempo perdido.

¿Y qué me dice de su fama de lento, de necesitar más tiempo y que se le dore más la píldora para empezar a ponerse a trabajar?
¿En qué se tarda más: en hacer una pechuga a la villaroy o en meter una pizza precocinada al horno? Las cosas buenas se hacen esperar y lo que llega rápido se va aún más deprisa. De todas formas eso es también un mito. Un estudio realizado por la Universidad McGill, de Quebec, Canadá, dirigido por el Dr. Irv Binik, demostró que no existe diferencia en la cantidad de tiempo que ambos sexos requieren para alcanzar su máximo nivel de excitación. Binik y su equipo se sirvieron de la termografía, midiendo la radiación, en términos de temperatura, que emitían los genitales de los sujetos del estudio mientras contemplaban diferentes imágenes, pornográficas o no. Tanto los hombres como las mujeres comenzaban a sentir excitación en los primeros 30 segundos. Esto demuestra que si a la mujer se la estimula adecuadamente, ésta puede llegar al orgasmo tan rápido como el hombre, pero ¿realmente interesa correr tanto?

El problema parece ser que usted es bastante rarito y dar con lo que le gusta no es tan fácil.
Lo que ha habido es mucha incultura y desconocimiento. Si incluso muchas mujeres no están demasiado familiarizadas conmigo, ¿qué le vamos a pedir a los hombres? Los hay que me ignoran totalmente y se dedican a hacer espeleología vaginal. Los hay que nada más verme arremeten contra mí sin piedad y a lo bruto, esto me asusta y me retraigo, pues soy bastante tímido. Abundan los que se creen expertos con la boca y, en vez de lamerme con cuidado, parece que me estuvieran haciendo una ablación. Y luego están los que saben satisfacerme, aunque no se puede decir que sean legión. Solo pido algo de tacto y delicadeza, pero de nuevo me han creado una fama que no me merezco, la de tiquismiquis. Como si el pene no tuviera también sus prontos y sus gatillazos.

¿Cómo hay que tratarlo entonces para que se sienta a gusto?
Como se merece una parte de la anatomía tan delicada y sensible. Para estimular a la mujer hay que empezar por tratar las zonas erógenas secundarias para luego ir a las primarias. Una vez en la zona genital, yo debo ser el último en tocar. Hay que empezar por el monte púbico, labios mayores, menores, espacio entre éstos, para luego comenzar a tocarme, primero indirectamente y luego ya más directo. A veces hay que retirar un poco el capuchón que me cubre. Me gustan los lametones y las succiones, más lentos o rápidos, e intercalando el ritmo. Cada mujer tiene sus preferencias. Algunas veces abordarme por la retaguardia es más placentero que de frente. Y la ducha, bien dirigida puede ser muy estimulante.

Tengo entendido que le gustan mucho los juguetes y que las vibraciones lo estimulan.
Sí son como burbujas de champán y hay que decir que últimamente quien más caso me ha hecho ha sido la industria de la juguetería erótica. Casi todos los vibradores tienen ahora sus estimuladores del clítoris, cada vez más anatómicos y sofisticados. Por no hablar de los diseñados especialmente para nosotros. Mi mánager me está buscando un esponsor y todavía no me está permitido hacer publicidad, pero hay verdaderas maravillas en el mercado. Toda mujer debería tener un pequeño kit de supervivencia para las épocas de vacas flacas y descubrir que, cuando la cosecha ha sido mala, también se puede ser autosuficiente.

¿En su caso el tamaño también importa?
No para mi perfecto funcionamiento. Es más, si soy muy grande, acomplejo a mi dueña, que ve la cosa poco estética. Sin embargo, el hombre que tienen un pene grande está muy orgulloso de él. Existe todavía este doble rasero.

¿Qué me dice de los pubis depilados, está a favor o en contra?
Entre nosotros mismos hay diversos sectores. Algunos prefieren no estar rodeados de pelo, porque argumentan que así se les localiza mejor y que tienen mayor sensibilidad; pero también está la línea pro Mato Grosso, que esgrimen la naturalidad y el papel protector del vello de los genitales, que actúa como barrera para evitar la entrada de virus e infecciones. Tener el pubis como una actriz porno exige la eliminación constante del pelo, causando la inflamación de los folículos pilosos y dejando heridas abiertas microscópicas. Si esto se combina con el calor y el ambiente húmedo de los genitales, se ha creado un caldo de cultivo para los patógenos bacteriales. Es cuestión de modas y, según he leído recientemente, ya hay algunas abanderadas del felpudo. No me extrañaría nada que vuelva la tendencia de los genitales peludos. Muchas que se han hecho la depilación láser deberán recurrir entonces a los postizos.

smoda.elpais.com/articulos/entrevista-al-clitoris-guardo-todavia-muchos-secretos/4406
http://easyabby.com/

"Every day she's learning how to make love more difficult"

Watch Season 1 Below!

Episode 1: “Portable Feast”
Episode 1: “Portable Feast”
Episode 2: “Pie’s The Limit”
Episode 2: “Pie’s The Limit”
Episode 3: “Naming the Baby”
Episode 3: “Naming the Baby”
Episode 4: “Bacon and Legs”
Episode 4: “Bacon and Legs”
Episode 5: “Danish Twist”
Episode 5: “Danish Twist”
Episode 6: “Love Monkey”
Episode 6: “Love Monkey”
Episode 7: “No Fly Zone”
Episode 7: “No Fly Zone”
Episode 8: “Martini in the Closet”
Episode 8: “Martini in the Closet”
Episode 9: “Walk Before You Run”
Episode 9: “Walk Before You Run”
Episode 10: “Icing on the Sponge Cake”
Episode 10: “Icing on the Sponge Cake”
Episode 11: “How To Travel Light”
Episode 11: “How To Travel Light”
Episode 12: “The Meatball Test”
Episode 12: “The Meatball Test”
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Berlinale

Derek Jarman já era o cara

Caravaggio foi e continua sendo um filme precursor
por Orlando Margarido publicado 09/02/2014 11:15, última modificação 09/02/2014 15:54
Caravaggio
O Caravaggio percursor de Jarman
Berlim -- Na correria quis postar todos os textos de ontem de uma vez e acabei por perder tudo quando a internet do hotel caiu. Bem, agora vou aos poucos, como muitos me cobram aliás que faça. Não tanto pela ordem da agenda aqui, mas quero começar pelo diferencial da programação nesses dias. Na sexta à noite fomos eu e Luiz Carlos Merten a uma sala no centro da cidade para rever Caravaggio, de Jarman. Há um motivo para que o filme em cópia nova seja exibido nesta edição. Tilda Swinton, que já foi presidente do júri da Berlinale, voltou com a trupe de Wes Anderson. Ela tem um papel até pequeno em The Grand Budapest Hotel, como a velha (surge envelhecida) que morre em acidente e deixa uma cara pintura ao concierge de quem era amante. É um contraste e tanto com Caravaggio. Em 1986, Tilda tinha 26 anos mas já surgia com o visual andrógino e excêntrico que a marcaria, e inclusive também por isso cai com perfeição ao universo de Anderson. Comentamos, eu e Merten, que foi a saída para uma atriz que não se marca exatamente pela beleza, mas sim, faz uma figura muito interessante. Curioso que ambos os realizadores se preocupem especialmente com uma estética, um visual que os identifica, embora Jarman seja muito mais refinado e elegante. Tilda por certo integra essa estética. Mas e o filme? Concordamos também que Jarman já apresentava uma elaboração, um conceito, que não consegue imitação no mesmo nível. Ou seja, fez antes o que muitos tentaram, e ainda tentam, sem muito sucesso. O cineasta inglês barroco se lança sobre o grande pintor do barroco. Jarman era gay e isso faz toda a diferença em sua aproximação. Não lembrava que a horas tantas Caravaggio beija na boca um de seus jovens modelos, um tipo rude por quem se interessa em uma paixão nada platônica. É o papel de Sean Bean, que trabalhou em O Senhor dos Anéis. Posa seminu para o pintor em troca de moedas de ouro. O próprio Caravaggio vende seu corpo para velhos endinheirados para sobreviver antes de conseguir um mecenas. Agora pode pagar pelos modelos que quer. A mulher de Bean é o papel de Tilda Swinton, num triângulo amoroso que cresce em cena. A história do artista começa quando este está moribundo e corre por sua trajetória através das pinturas que o celebrizaram. Jarman morreu em 1994 por complicações da aids. As pragas que aniquilaram artistas, hoje e no passado. Tilda desde então tornou-se uma representante de sua memória e costuma falar do diretor em suas entrevistas. Foi o que fez durante a coletiva de Anderson. Não pode apresentar Caravaggio porque no mesmo momento apresentava o filme do coreano Bong Jong-ho. Mas sua presença na tela já diz muito dela e de um realizador que se tornaram cults.
http://damn.com/p/this-video-my-beautiful-woman-will-touch-your-heart-like-never-before-must-watch/

This Video "My Beautiful Woman" Will Touch Your Heart Like Never Before. Must Watch

                         O “chá de lingerie” e as dez dicas sobre sexo que nunca sairão na revista Nova


Eu não sabia até outro dia, mas as noivas, além dos gastos com enxoval, decoração, festa e outros itens dessa indústria milionária que é o casamento, agora também fazem “chá de lingerie” com as amigas antes de subir ao altar. No tal chá, a futura esposa desfila diante das amigas em trajes supostamente sexies que irão “apimentar” seu casamento. Para fazer isso, claro, se gasta uma grana e já há várias casas especializadas lucrando com o novo “mimo”.
Fico pensando: quando foi que a vida sexual das pessoas pulou da cama para a carteira? Como algo tão gratuito quanto transar com quem se deseja passou a ter um custo? Não estou falando de prostituição, obviamente, mas da relação entre casais. É preciso hoje toda uma parafernália que vai desde o ambiente “propício” até a vestimenta “adequada” para simplesmente ficar pelado e transar. Existem lindas roupas íntimas, concordo, mas o que mais me impressiona é constatar quanta gente se mostra capaz de acreditar que usar uma lingerie é fundamental para fazer alguém ser amado ou desejado. De onde vem isso?
Uma das promotoras dessa “lingeriezação” do sexo no Brasil é a revista Nova, da editora Abril. Cerca de 200 mil pessoas compram mensalmente a publicação, famosa por dar “dicas” sexuais às leitoras. Chamadas como “orgasmos que farão você ter um city tour no paraíso”, “100 perguntas proibidas de fazer corar sexperts”,  “o novo papai-e-mamãe” ou “101 dúvidas sobre sexo que você não encontra nem no google” já fizeram a Nova virar gozação (ops!) nas redes sociais. A pior delas, talvez, foi quando o twitter da revista pediu aos leitores para revelar que “apelidinho” davam aos testículos… Sério!
A Nova é a versão brasileira da norte-americana Cosmopolitan, de quem copia tudo –inclusive as tais dicas sexuais. Em 2012, o site Nerve trouxe as 44 sugestões mais ridículas feitas pela revista, do tipo: “bata no pênis dele de um lado para o outro como se fosse uma bola de tênis”; “cozinhe nua e coloque um pouco de suco de tomate em seus mamilos”; “use sua escova de dentes elétrica e o IPhone no modo vibracall”; “quando vocês estiverem jantando, diga alguma coisa pornô como ‘olha como eu devoro essa carne, é assim que quero te devorar’”. Uau. (Confira mais bizarrices aqui.)
É incrível a capacidade do mercado de transformar até a sexualidade, algo íntimo, em produto vendável. Será que nós, homens e mulheres, precisamos mesmo dessas dicas bizarras para ter prazer com nossos parceiros? Ou será que, como tudo no mundo capitalista, a intenção é apenas… vender revista?
Pensando nisso, a revista online EverydayFeminism reuniu 10 dicas sobre sexo bem mais úteis e verdadeiras. A principal crítica às sugestões da Nova é que elas são baseadas em uma visão de sexualidade heteronormativa e machista. Pior ainda: estão focadas não em melhorar sua relação consigo mesma ou com seu corpo, mas apenas em agradar e satisfazer o homem. Além disso, quase todas as sugestões são variações sobre o tema “apimentar” o sexo –como se as novidades excitantes na cama fossem capazes de resolver todos os seus problemas.
Então, aqui estão 10 dicas que irão realmente ajudar você a ter uma vida sexual satisfatória e que a Nova nunca deu e provavelmente nunca dará. (Texto traduzido e adaptado. Original aqui).
***
Dez Coisas que a Nova não ensina sobre o sexo
Por Erin McKelle, na EverydayFeminism
1. Você e seu parceiro deveriam estar preocupados com o seu prazer
Muitos dos artigos sobre sexo da Nova são focados em satisfazer os homens. Títulos como “O sexo que ele deseja”, “O que ele pensa durante o sexo”, “Deixando ele louco”, “Como deixar seu homem totalmente apaixonado por você”, dão uma ideia.
Até mesmo revistas ditas “femininas” não dão às mulheres as informações sobre como satisfazer a elas mesmas!
Nossa cultura é tão dominada pelo homem que as mulheres quase nunca acham informações acuradas sobre seu próprio prazer sexual –nem mesmo em publicações supostamente escritas para elas!
Na realidade, ambos os parceiros devem ter prazer sexual, e o foco não pode estar apenas em um de vocês. O ideal seria que todos pudessem experimentar o prazer (talvez até tendo orgasmos!) e se deveria falar das necessidades de cada um dos envolvidos.
Comuniquem-se. Digam um ao outro o que vocês querem. Não sabem? Então experimentem! Vejam o que pode ser gostoso e tentem. E se seu parceiro não quer fazer isso ou não se importa de ter certeza se você está se divertindo, então talvez ele não seja o melhor para você.
2. Ótimo sexo = ótima comunicação
Já falei sobre isso no item anterior, mas é algo tão importante que merece sua própria seção.
Comunicação é tudo quando se fala de sexo.
Sexo não é  apresentar novidades a alguém e esperar que eles gostem e façam o mesmo por você. É falar e expressar o que você necessita e deseja, assim como o que seu parceiro precisa e deseja. É dizer “mais disso” ou “Eu realmente gosto quando você faz isso”. É dizer “eu não gosto quando você faz isso”, “isso não é gostoso” e até mesmo dizer “pare”.
E um dos melhores lugares para falar sobre sexo é, na verdade, fora do quarto. Crie um lugar com seu parceiro onde vocês possam falar de tudo e onde não haja nada que não possa ser dito. Reserve um tempo, quando ambos estiverem mental e emocionalmente disponíveis, para vocês se sentarem e falarem sobre sua vida sexual.
E então… Sejam honestos.
3. Assegure-se de saber como se prevenir de DSTs se você quiser
Se você quer evitar infecções e doenças, então precisa ter certeza de que está sempre tomando cuidado. A Nova nunca parece muito interessada nessa parte da saúde sexual.
Se você ou seu parceiro (ou ambos) não fizeram o teste HIV, use algum método interno ou externo, como camisinha.
É importante também fazer exames regularmente. “Regularmente” significa coisas diferentes para pessoas diferentes. O ideal é fazer exames a cada novo parceiro, mas se você faz isso a cada seis meses ou a cada ano, tudo bem também.
4. É perfeitamente OK não ser selvagem na cama
A Nova frequentemente publica artigos sobre como apimentar as coisas no quarto, sempre de acordo com a filosofia da revista, que é ter seu parceiro a seus pés. Em alguns casos, as pessoas até mesmo justificam traições dizendo que as coisas não estavam mais interessantes ou que o sexo estava entediante. É uma pressão imensa, especialmente porque vivemos numa sociedade que demoniza o sexo de outra maneira que não seja a relação monogâmica, “manter as coisas interessantes”. Mas como dizer que seu sexo é entediante? Realmente precisamos mudar nossos hábitos? Ou é a mentalidade o problema?
Muitas pessoas também se sentem realmente incômodas com isso porque não querem ficar “selvagens”. Algumas pessoas são perfeitamente felizes com o sexo “normalzinho”que têm.
Mas reportagens como as da Nova pressionam as mulheres a se sentir como se tivessem que fazer truques circenses para manter seu parceiro interessado –não importa se você está ou não curtindo isso. A realidade é que o que faz você se sentir confortável fazendo (ou não fazendo) é perfeitamente OK. Você não tem que apimentar as coisas se não quer ou se não vê necessidade.
5. Você não precisa mudar seu corpo para ter um sexo melhor
Seu corpo é legal do jeito que é. Isso pode soar clichê, mas continua sendo verdadeiro!
Suspeite de qualquer um que diga que você necessita mudar alguma coisa em seu corpo.
Nunca ache que você é o problema, porque você não é. A sociedade é. A Nova reforça muito os estereótipos sobre o corpo, e é importante lembrar que nenhum deles é verdadeiro. É tudo baseado na mentira de que magreza é saudável e atraente, e gordura é feio e obsceno.
Perder 5, 10, ou 20 quilos ou fazer 20 minutos de abdominais por dia não vai fazer sua vida sexual melhor. Colocar silicone nos seios não vai fazer você se sentir mais sexy. E usar bolas de pompoarismo para “apertar” sua vagina não vai lhe proporcionar mais prazer.
O que eles estão vendendo é um jogo machista. Se recuse a jogá-lo.
6. Não existe nenhuma pressão
Sério, não há nenhuma. Você não precisa ter sexo em nenhum momento a não ser quando estiver pronta, você não precisa ter sexo anal se não é o que você gosta, e você não precisa de lingerie para seduzir seu parceiro.
Sexo tem que ser divertido!
Tem que ser gratificante, despreocupado e fazer você se sentir bem. Você não deve se sentir pressionada a fazer certas coisas, agir de certa forma, atuar de certa maneira ou fazer algo da maneira certa para não parecer “vulgar”. Se seu parceiro está pressionando você, fale sobre isto. Se ele não parar, considere romper o relacionamento. Você merece ser respeitada. E isso significa que sexo não pode ser o resultado de manipulação ou coerção.
7. Sexo bom não precisa terminar em orgasmo
Existe um mito machista, heteronormativo, de que o sexo termina quando o parceiro masculino ejacula na vagina de sua parceira.
Sexo termina quando você decide que terminou.
Não há um ponto certo onde ele oficialmente acaba ou que você precisa parar. Vocês fazem as regras.
Sexo não tem que terminar em orgasmo. Pode acabar quando você quiser!
E se você não está tendo orgasmos, mas quer, fale para seu parceiro sobre isso e descubram maneiras de chegar até ele.
8. Sexo bom não tem que ser com um homem
A Nova fala como se todos os seus leitores se identificassem como mulheres e como se todos os seus parceiros românticos se identificassem como homens. Nós sabemos que isso está distante da realidade.
Bom sexo não tem nada a ver com orientação sexual ou o gênero da pessoa com quem você está transando.
9. Sexo bom sempre envolve consentimento
Consentimento deve estar presente para o sexo existir. Ou então é abuso sexual. Ponto.
Consentimento é respeito. É desejo mútuo. Não tem nada a ver com coerção ou aparente desprendimento. Se seu parceiro respeita você, irá se assegurar que tem seu consentimento. Claramente. Sem nenhuma suposição. E se você respeita seu parceiro, fará o mesmo.
Respeito –para consigo mesma e para com o outro– é garantia de bom sexo.
10. Você pode proporcionar bom sexo a si mesma
Sexo na Nova, e em praticamente toda a sociedade, parte da prerrogativa de que você tem um parceiro. Mas o fato é: sexo não tem que envolver outra pessoa para acontecer!
A masturbação tende a ser apagada de nossa perspectiva cultural porque é tratada com vergonha e tabu. Mas nós sabemos que a masturbação é normal, prazerosa e saudável! Ter bom sexo consigo mesmo pode inclusive levar a ter bom sexo com futuros ou atuais parceiros.
Isto ajuda você a aprender mais sobre sua sexualidade e seu corpo e, como resultado, pode ajudar você a articular melhor seus desejos. Você poderá mostrar onde tocar, o que fazer, como e por quanto tempo.
Então, por favor, masturbe-se se você quiser. Explore seu corpo. Navegue por seus desejos. Você se sentirá orgulhosa por haver feito isso.
Lembre dessas regras para ter bom sexo. E mais importante: escreva as suas!

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