domingo, 4 de novembro de 2018

Inspirada no Vale do Silício, escola foge das aulas chatas de faculdade

A Conquer nasceu a partir da insatisfação de três sócios com suas formações. O negócio atendeu 5.000 alunos e empresas como Grupo Boticário, iFood e PwC

São Paulo – Você acha que sua faculdade ou pós-graduação o preparou para ser um empreendedor ou um profissional com capacidade de ir mais longe na carreira? Para muitos estudantes, a resposta é não.
É o caso dos empreendedores Josef Rubin, Hendel Favarin e Sidnei Junior. Insatisfeitos com uma educação academicista e teórica, os executivos decidiram criar a própria escola. A inspiração para o currículo? As melhores instituições educacionais do Vale do Silício, a “meca das startups.”
Desde agosto de 2016, a escola Conquer já atendeu 5.000 alunos. O empreendimento faturou 1,2 milhão de reais em 2017, sendo que 30 a 40% desses ganhos vieram de treinamentos corporativos. Para o futuro, o colégio aposta na expansão por novos territórios – o que pode inclui a estruturação de uma rede franqueadora.

Criação de negócio

Josef Rubin, que liderou a operação do Grupo Boticário na Colômbia; Hendel Favarin, que advogou na empresa de auditoria e contabilidade PwC; e Sidnei Junior, que trabalhava na fintech de pagamentos Vindi, tinham uma característica em comum: eles estavam insatisfeitos com suas formações na faculdade e na pós-graduação.
Em 2016, os futuros empreendedores discutiram sobre como as instituições de ensino focam muito em conteúdos acadêmicos e teóricos. “Elas não incentivam o profissional a aprender habilidades que de fato o fazem ir mais longe”, defende Favarin.
Josef Rubin, Hendel Favarin e Sidnei Junior: fundadores da Conquer estavam insatisfeitos com a própria formação Josef Rubin, Hendel Favarin e Sidnei Junior: fundadores da Conquer estavam insatisfeitos com a própria formação
Josef Rubin, Hendel Favarin e Sidnei Junior: fundadores da Conquer estavam insatisfeitos com a própria formação (Conquer/Divulgação)
Entre as técnicas desejadas pelos executivos estavam inteligência emocional e financeira, liderança, negociação, oratória, persuasão e produtividade. Da conversa veio uma ideia de negócio: por que não fundar uma escola que ensinasse conteúdos de forma atraente e objetiva, fazendo com que o aluno aplicasse o que aprendeu já no dia seguinte?
Em busca de inspirações, Rubin foi ao Vale do Silício e ficou três meses em visitas a escolas como Draper University e Singularity. “A gente teve acesso a todo o ecossistema empreendedor do Vale e desenvolvemos nossa metodologia com base em escolas que de fato impactam o mundo”, afirma Favarin.
Em agosto de 2016, a escola Conquer abriu as portas para “empreendedores e funcionários que querem fazer diferente” em Curitiba (Paraná). O negócio recebe desde graduandos e empreendedores de 18 anos de idade até CEOs que já passaram dos 50.

https://exame.abril.com.br/pme/inspirada-no-vale-do-silicio-escola-foge-das-aulas-chatas-de-faculdade/

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