https://economia.uol.com.br/financas-pessoais/guias-financeiros/guia-como-aplicar-dinheiro-no-tesouro-direto.htm
O que são títulos públicos?
Os
títulos públicos são emitidos pelo governo federal, que tem como objetivo juntar
dinheiro para pagar e financiar suas atividades, como educação, saúde e
infraestrutura.
Assim,
quando uma pessoa compra um título público, está emprestando dinheiro ao
governo. O órgão responsável pela emissão dos títulos é a Secretaria do Tesouro
Nacional.
Como investir
As pessoas
podem comprar títulos de duas maneiras. A primeira delas é participando de um
fundo que invista neles. Nesse caso, a compra dos títulos é realizada por um
administrador profissional.
A segunda
forma é comprar diretamente na Secretaria do Tesouro, pela Internet, por meio
de um serviço chamado Tesouro Direto.
Para
realizar essa compra direta, a pessoa precisa ter CPF (Cadastro de Pessoa
Física) e estar cadastrada em um banco ou corretora habilitados a operar o
Tesouro Direto. Esses operadores habilitados são chamados agentes de custódia.
O
cadastro em um banco ou corretora também é necessário para quem investe por
meio de um fundo.
Nele,
deve ser informado nome, profissão, endereço e entregues cópias do RG, CPF e
comprovante de residência do investidor.
Assim, a
corretora abre uma conta desse investidor na BM&FBovespa. Cada instituição
determina qual a quantia mínima para a abertura da conta.
Veja neste link a lista
destas entidades.
Para quem
opta pela compra direta, depois de feita a inscrição em um destes bancos ou
corretoras, o investidor recebe uma senha para ter acesso à operação pela
Internet.
A
negociação é feita no site do Tesouro Direto.
Os
títulos públicos podem ser prefixados (nesse caso, o rendimento é definido no
momento em que é feito o investimento) ou pós-fixados (isso significa que a
rentabilidade está associada a algum índice, como o IPCA ou a taxa Selic, por
exemplo).
Quando
comprados, os títulos têm um prazo de vencimento, que significa o dia em que o
governo pagará ao investidor o dinheiro que ele investiu.
O
investidor também pode negociar os títulos antes dessa data, mas receberá o
valor de mercado do título naquele momento, que pode ser maior ou menor que o
estipulado para o vencimento.
No caso
dos títulos, o dinheiro é depositado ou retirado na conta do investidor no dia
seguinte ao da ordem de venda ou compra.
Qual o grau de risco desse investimento?
Os
títulos são investimentos de baixo risco, pois o governo é o credor. Mas, se o
investidor vender seus títulos antes da data de vencimento, o ganho ou a perda
estará sujeito ao valor de mercado do título naquele momento.
Na renda
fixa, a regra de rentabilidade é sempre definida no momento do investimento.
Uma das principais características dos títulos prefixados é que o investidor
sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o título até a data
de vencimento. São mais indicados em momento de queda da taxa de juros.
Já os
títulos pós-fixados têm sua rentabilidade relacionada a um indexador que varia
ao longo do tempo. Assim, a rentabilidade da aplicação é composta pela variação
de um indexador (IPCA ou Selic) e mais uma taxa de juros prefixada.
Essa
característica de ter um indexador que varia conforme a variação da inflação
(IPCA) ou da taxa de juros básica da economia (Selic) diminui o risco desses
títulos, visto que o investidor fica protegido da inflação ou da variação da
taxa de juros.
No site do Tesouro Direto
há um questionário para ajudar o investidor a escolher qual é o título mais
adequado aos seus objetivos.
Taxas
As
operações com títulos públicos estão sujeitas ao pagamento de taxas. Verifique
isso antes de escolher sua aplicação.
As taxas
cobradas no Tesouro Direto são diferentes das taxas cobradas pelos fundos. As taxas
cobradas no Tesouro Direto são:
Taxa de
custódia: é uma
taxa de 0,3% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada pela BM&FBovespa,
referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações
dos saldos.
Esta taxa
é cobrada semestralmente, no primeiro dia útil de janeiro ou de julho, ou na ocorrência
de um evento de custódia (pagamento de juros, venda ou vencimento do título), o
que ocorrer primeiro. A taxa é cobrada proporcionalmente ao período em que o
investidor mantiver o título.
Taxa de
serviços: Bancos
e corretoras também podem cobrar taxas de serviços livremente acordadas com os
investidores. Há instituições que não cobram nenhuma taxa, enquanto outras
cobram a cada operação realizada. As taxas cobradas pelas instituições estão
disponíveis para consulta no site do Tesouro Direto. O investidor deve
confirmá-las no momento da contratação.
Imposto de Renda
Há
incidência de Imposto de Renda em função do prazo da aplicação (quanto mais
tempo o dinheiro fica investido, menor será a alíquota cobrada).
Veja a
tabela:
·Até 180 dias: 22,5%
·De 181 a 360 dias: 20%
·De 361 a 720 dias: 17,5%
·Acima de 720 dias: 15%
Se o
dinheiro ficar investido por um prazo inferior a 30 dias, haverá também cobrança
de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Qual o valor mínimo para investir?
A
quantidade mínima de compra é a fração de 0,01 título, ou seja, 1% do valor de
um título, desde que respeitado o valor mínimo de R$ 30,00.
O valor
máximo para aplicação é R$ 1 milhão por mês.
Não há
limite financeiro para venda.
Dúvidas e sites úteis
Mais
informações sobre investimentos em títulos públicos podem ser obtidas no site
do Tesouro Direto.
No site da BM&FBovespa
também há informações sobre o Tesouro Direto.
Fontes
Anbima
(Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais)
CVM
(Comissão de Valores Mobiliários)
Corretora
Ágora
FEI
(Faculdade de Engenharia Industrial)
PUC
(Pontíficia Universidade Católica de São Paulo)
Secretaria
do Tesouro Nacional
XP
Investimentos
Mais informações em Site do Tesouro Direto http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto
ou no Site da BM&F Bovespa: http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/como-investir/como-investir-em-tesouro-direto/
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