segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Hong Kong

Gorillaz

Lord, hear me now
Junk boats and English boys
Crashing out into the noise
Electric fences and guards
You swallow me
I'm a pill on your tongue
Here on the nineteenth floor
The neon lights make me numb
And late in a star's life
It begins to explode
And all the people in a dream
Wait for the machine
Pick the shit up leave it clean
Kid hang over here
What you learning in school?
Is the rise of an eastern sun
Gonna be alright for everyone?
The radio station disappeared
Music turned into thin air
The DJ was the last to leave
She had well conditioned hair
Was beautiful but nothing really was there
Arroz com espinafre e cebolas douradas

Quando você não tiver muito tempo na cozinha, um arroz com legumes refogados é perfeito para uma refeição rápida, gostosa e muito nutritiva. Fica pronto em mais ou menos 30 minutos. Você pode fazer um arroz delicioso com qualquer legume ou verdura que tiver na geladeira. Aproveite e invente combinações diferentes, use arroz integral ou qualquer outro que você preferir. Sirva acompanhado da sua salada preferida.
 
 
 
 
 
 
INGREDIENTES


  • 2 xicaras de arroz cozido em agua e sal
  • 1 cebola grande picada
  • 1/4 de xicara de alho poro picado
  • 1 colher de sopa de cebolinha verde picada
  • 1 xicara de espinafre cru cortado
  • 3 colheres de sopa de óleo vegetal
  • sal e pimenta a gosto


 
 
PREPARO

 
Cozinhe o arroz como costuma fazer temperando apenas com um pouquinho de sal. Não deixe terminar o cozimento. Desligue a panela antes de estar pronto, quando ainda estiver "al dente". Mantenha a panela do arroz tampada e em lugar aquecido enquanto prepara o refogado a seguir.

Em uma frigideira grande aqueça 1 colher de sopa de óleo e adicione o alho poro. Tempere com um pouco de sal e deixe fritar por uns dois minutinhos em fogo baixo mexendo sempre até dourar.

Acrescente então o espinafre cortado em pedacos grandes e misture bem, acerte o tempero, desligue o fogo e leve este refogado de espinafre para a panela onde esta o arroz cozido e misture delicadamente. Tampe a panela novamente e reserve. É um processo bem rápido, não é necessário deixar o espinafre cozinhar muito.

Na mesma frigideira que usou para fazer o refogado de espinafre coloque duas colheres de sopa de óleo e deixe aquecer bem. Frite a cebola picada temperando com um pouquinho de sal. Deixe fritar até que fique dourada. Cuidado para não queimar. Misture a cebola frita junto com o arroz e o espinafre e acrescente a cebolinha verde picada. Tampe a panela e leve ao fogo baixo por uns 3 minutos antes de servir.
 
Você pode servir como prato principal com uma salada de legumes e verduras, ou então servir como acompanhamento de outro prato principal. 


http://blog.veganana.com.br/2014/11/arroz-com-espinafre-e-cebolas-douradas.html
Sexo casual gay > Para o sociólogo inglês Anthony Giddens, seria errôneo considerar-se uma orientação para a sexualidade episódica apenas em termos negativos. Assim como as lésbicas, os gays questionam a tradicional integração heterossexual entre o casamento e a monogamia. Ele argumenta que da maneira como é compreendida no casamento institucionalizado, a monogamia sempre esteve ligada ao padrão duplo e, por isso, ao patriarcado.

Quando os encontros episódicos não constituem um vício eles são, na verdade, explorações das possibilidades oferecidas pela sexualidade plástica. Assim, mesmo que os contatos sejam impessoais e passageiros, a sexualidade episódica pode ser uma forma positiva de experiência do cotidiano.

Giddens acredita que a sexualidade gay episódica semelhante à do tipo da cultura da sauna é o sexo libertado de sua antiga subserviência ao poder diferencial, e por isso expressa uma igualdade que está ausente na maioria dos envolvimentos heterossexuais, incluindo os transitórios.

Por sua própria natureza, ela só permite o poder sob a forma da prática sexual. O único determinante é o gosto sexual. E este, para Giddens, certamente faz parte do prazer e da realização que a sexualidade episódica pode proporcionar, quando despojada de suas características compulsivas.

Trecho de A Cama na Varanda, de Regina Navarro Lins

 Onde pára a escrita na Escrita Criativa?


Inês Madeira tem 21 anos e já publicou um livro. Chama-se Em qualquer lugar, para sempre (Chiado Editora) e é um triângulo amoroso passado num reino imaginário com forças do bem e do mal. “Eu nem andava a ler muitas coisas de fantástico na altura”, lembra-se dos 18 anos, altura em que se comprometeu consigo mesma a escrever um romance. Neste momento, Inês estuda inglês e italiano, e nos tempos livres vai fazendo cursos de escrita na Escrever Escrever, uma escola de escrita criativa e técnica, em Lisboa.
A Oficina do Conto de 15 horas (tem seis semanas e custa 140 euros) é o terceiro curso que faz — o primeiro foi o de Revisão de Texto (4 semanas, 95 euros), onde aprendeu “a limpar um texto” para o deixar “mais directo, menos repetitivo”, por exemplo; depois, veio Ensaboadela no Português (4 semanas, 95 euros), o curso que a ensinou a livrar-se de “erros que toda a gente comete sem saber”. O curso sobre o género do conto, é um “desafio porque estou mais habituada sempre a ler romances e livros mais longos, com toda aquela complexidade de diferentes camadas. Nunca tinha escrito contos e achei que era uma boa forma de começar a ver a escrita de outra maneira”, diz.
Escrever e publicar o seu primeiro livro “foi um sonho”, mas não quer ficar por aqui. Gostaria de poder fazer da escrita a sua vida. Assumindo que “para escrever é preciso ter-se talento”, diz também que “há sempre arestas por limar” e que é isso que aqui se pode aprender. Inês Madeira reconhece que este curso a tem feito ver a escrita para além da inspiração do momento. Nas aulas de duas horas e meia, muitas vezes é dado um exercício para concluir e apresentar. E aí, em 15 minutos, não se pode estar à espera de inspirações. “Dão-nos o nome de uma personagem, uma frase e a partir daí temos que escrever uma história. Às vezes até é difícil parar de escrever. Uma palavra, um som, uma imagem, faz logo nascer qualquer coisa.”
Conceição Garcia, a professora de Inês na Oficina do Conto, “ensina o cânone” e usa “técnicas para espicaçar e pôr as pessoas a escrever”, explica. Começou a dar aulas de escrita criativa há dez anos e há sete fundou a Escrever Escrever. A escola tem visto o número de alunos crescer, diz Conceição, e desde 2007 já ensinaram mais de 6 mil alunos.
Na aula sobre conto vai-se aprendendo a estrutura clássica de Aristóteles: um texto deve ter introdução, conflito e desenlace e deve haver uma clara causalidade entre os acontecimentos e as acções das personagens. Apesar de tomar como padrão nas aulas a teoria com mais de dois mil anos que o filósofo grego escreveu na Poética, Conceição quer deixar claro aos alunos que “não há um só caminho”. É por isso, e para criar uma troca de autores e de leituras, que em todas as aulas pede a um aluno que traga um conto à sua escolha. “Aplicamos a noção do Julio Cortázar que diz que um conto tem que ser um murro no estômago do leitor”.
Escrita Criativa é uma expressão non grata para muita gente. Em Outubro, trocaram-se argumentos contra e a favor em jornais e na blogosfera quando o jurado do Nobel da literatura, Horace Engdahl, disse em entrevista ao jornal francês La Croix que os cursos de escrita criativa e os contratos com as editoras estão a profissionalizar e empobrecer a literatura ocidental — “estes escritores, muitos deles formados em universidades europeias e norte-americanas, não transgridem nada porque os limites que eles próprios desenharam não existem”. Já em Março deste ano, o tema tinha sido lançado quando Hanif Kureishi, escritor e professor na Universidade de Kingston, no Reino Unido, afirmou no Independent Bath Literature Festival que os cursos de escrita criativa, de que ele é professor, são “uma perda de tempo”, já que “99,9% dos alunos não têm talento”.
Em Portugal, “a desconfiança tem a ver com muitos cursos de má qualidade e com falta de preparação”, diz Luís Carmelo, que em 2007 interrompeu a sua actividade académica como professor de Semiótica para criar a Escola de Escrita Criativa Online (EC.ON), que se quer afirmar como uma escola feita por escritores, com aulas individuais online — o que faz com que entre os mais de 200 inscritos, metade sejam portugueses e o resto esteja espalhado pelo Brasil, Angola, Alemanha, Polónia...
A EC.ON tem cerca de 70 cursos com propinas entre os 82 e os 492 euros, e durações entre as quatro e as 20 semanas. Entre oficinas de escrita literária, escrita criativa comunicacional, cursos para adolescentes e crianças, contam-se professores como João Tordo, Patrícia Reis ou José Eduardo Agualusa.
Nas aulas de Luís Carmelo trabalham-se as técnicas de descrição e de narração, e num nível posterior fala-se de trama, de actantes, de pontos de viragem e de clímax, do que é o desenlace e de como se desenvolvem imagens. “Com a certeza de que estas ferramentas não são testadas em laboratório para nunca falhar, pelo contrário, elas normalmente falham. Em certas pessoas, em certos contextos, podem produzir um livro extraordinário, sejamos optimistas. Mas normalmente não”, avisa os seus alunos.
A escrita criativa não é, para Luís Carmelo, um remédio milagroso que se toma para se ser escritor. Mas nota que esta é a imagem que a disciplina tem vindo a ganhar, por causa de iniciativas como torneios de escrita criativa publicitados nas redes sociais. “As pessoas desconfiam destas metamorfoses mágicas e desconfiam bem. Há muita actividade desta que se pode comparar à dos mágicos que jogam com a psicologia”, diz.
Um destes torneios é organizado pelo escritor Pedro Chagas Freitas, autor de Eu Sou Deus ou In Sexus Veritas, vai na 24ª edição e está a receber inscrições para a 25ª, que começa em Janeiro. Os inscritos enviam todas as semanas um texto original a que é atribuída uma nota de zero a 20. No final de dez semanas, aquele com maior pontuação pode publicar um livro na Chiado Editora (que publica sobretudo autores desconhecidos, tendo estes que comprar uma percentagem do número de exemplares da primeira edição do livro).
“Não é nada de excêntrico ou extravagante”, diz sobre estes torneios o escritor que tem mais de 230 mil seguidores no Facebook. “Sempre que nos sentamos para escrever um texto estamos a fazer escrita criativa”. Estas competições e as suas aulas são um “treinar do músculo da criatividade”, afirma.
No seu site estão anunciados mais de uma dezena de cursos, entre os que são para professores, para crianças ou a oficina de romance para quem quer “escrever uma grande obra e publicá-la imediatamente”, lê-se na sua página. Neste espaço de tutoria individual de 12 semanas, com um custo de 257 euros, cria juntamente com o aluno um mapa da história a escrever “que lhe mostre para onde quer ir e que lhe permite, mesmo que fique algum tempo sem escrever, ter um plano ao qual voltar. É a rede para quando cair não se desmotivar”. No final, a escolha de publicar ou não e em que termos é do autor. “Há quem queira ter uma edição para distribuir pelos amigos, ou quem prefira distribuir também pelo grande público”, conta.
Alguns querem só escrever com mais correcção na sintaxe ou na pontuação, explica, e para isso o autor aplica a “nova metodologia de Pedro Chagas Freitas”. Sem a desvendar por completo, Chagas Freitas fala de técnicas “muito lógicas”, que não precisam de “alunos com determinado nível de formação”, e ainda de “jogos para desbloquear a singularidade de cada um”, mas garante que não se trata de “ensinar a escrever livros”, ou de “ensinar a ser criativo”. “A pessoa já é criativa, já sabe ver as suas coisas de uma maneira muito própria. E isso é o que faz a diferença.”
“Escrever não é nada de extraordinário, é só disciplina”, adianta. “Se escrevemos uma página por dia, temos 365 ao fim de um ano, então é perfeitamente possível escrever um romance com 365 páginas por ano”, explica.
Usou desta disciplina para escrever os seus 20 livros publicados desde 2004, alguns deles nos tops de vendas, como Prometo Falhar, publicado este ano. Durante o período em que trabalhou como publicitário, levantava-se meia hora mais cedo para escrever e deitava-se meia hora mais tarde. Desde 2012 que se dedica a tempo inteiro à escrita e às aulas. Neste momento, mantém 10 cursos individuais e ainda os workshops — cursos de duração e conteúdos variáveis de acordo com os objectivos. Para além disto, dá ainda uma hora de aula por semana no Facebook, num grupo fechado a que chamou Faculdade de Escrita Criativa. Com o pagamento de 20 euros mensais, um grupo de cerca de 20 pessoas pode ler durante cinco meses os conteúdos que o escritor vai publicando nesse grupo. Também se discute e se trocam impressões, como em aulas presenciais. Foi esta a maneira que encontrou de fazer um curso com um preço mais acessível, explica.
Um café perto da Avenida Infante Santo, em Lisboa, enche-se de repente com três dezenas de pessoas. Vêm todos do andar de cima, da sede da EC.ON, onde a escritora Teolinda Gersão esteve a falar sobre como chega a uma ideia e depois a um livro. Todos os sábados, Luís Carmelo organiza estes encontros com escritores, a única aula presencial da escola. “Acaba por se criar aqui um espírito familiar, há alguma coisa que nos une e que nos traz cá a todos”, conta Maria Teresa Devesa, a médica de 58 anos que faz todas as sextas-feiras um hora e meia de caminho desde Beja para assistir a estas aulas. Os seus fins de semana de Janeiro já estão reservados para ouvir escritores como Valério Romão ou Francisco José Viegas.
Maria Teresa decidiu procurar cursos de escrita na Internet quando lhe pareceu “que nem uma carta sabia escrever”. Acabou por começar a fazer as oficinas dadas por Luís Carmelo e vai neste momento na sexta. “Da primeira vez vi-me à rasca. É difícil especialmente para quem não vem da área da literatura e passou a vida a desfazer-se de floreados para ser mais racional e ir directa ao assunto”, conta. A ideia inicial era ficar-se pelo primeiro curso, mas quando acabou percebeu que ia sentir falta do desafio semanal, como num desporto. Todas as semanas havia que aplicar conhecimentos num pequeno texto original, por vezes aplicar determinado conceito — tipos de narrador, de personagens, por exemplo — outras vezes, fazer nascer alguma coisa a partir de um excerto de uma obra literária. Foi assim que foi redescobrindo escritores que “pensava que eram uma seca”, ou que eram demasiado complicados para si — lembra-se do exemplo de O Fio da Navalha, de Somerset Maugham: “Com que olhos é que eu li aquilo na primeira vez que não me interessou nada?”
A ideia “não é formar escritores, mas leitores com competências”, adianta Luís Carmelo. “Aprendeu-se na escola primária a ler e a escrever. Aplicou-se de três ou quatro maneiras e acabou. Se se perceber que a linguagem é um jogo com os seus limites mas que podem ser disputados, isso contribui para uma frescura imaginativa que depois se reflecte noutros saberes”, diz o professor que criou disciplinas de escrita criativa no IADE – Instituto de Design, Arte e Empresa, em cursos de design.
Rui Zink começou a dar aulas de escrita criativa em Portugal no início dos anos 1990, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL), quando não havia cá nada do género e “a classe literária desdenhava. Tudo baronesas de Gouvarinho aos risinhos a perguntar ‘mas pode ensinar-se o talento?’”, lembra-se. Deixa claro que não é isto que afirma a escrita criativa: “Quem frequentar cursos de escrita fica menos mau escritor e pode ficar bastante melhor leitor”.
Para Rui Zink, os cursos de escrita criativa foram inventados quando se inventou a escrita com Homero. “Todos os escritores tiraram um curso de escrita criativa”: todos leram, trocaram impressões, compararam técnicas e trabalhos com outros escritores.
O que as suas aulas propõem são exercícios que criam um constrangimento de escrita e que já existiam nos salões da Marquesa de Alorna, no século XVIII, quando alguém lançava um desafio como “escrever só em soneto”; ou “quando Camões ia para a taberna e alguém o desafiava a escrever de determinada maneira e dizia ‘oh Camões vê lá como é que te safas desta’”, exemplifica o professor.
O constrangimento permite que “a inspiração se torne uma coisa mais terra a terra” e “distrai da maldição da arte”, afirma o autor de A metametamorfose e outras fermosas morfoses. “Quando se diz ‘faça uma frase extremamente original’, obviamente o que sai são clichés. Mas se eu disser, ‘esta é a última frase do conto e agora tem que chegar aqui’, a pessoa não vai tentar ser original.” Para Rui Zink, esta é a mecânica de que parte a literatura: tentar resolver um problema.
Destes exercícios nasce a discussão e crítica dos trabalhos do outro que não deve ser monopolizada pelo professor — “o curso é um círculo” e o orientador apenas “um distribuidor de jogo que se cala o mais possível”, diz Zink. É neste círculo, antes das letras lançadas ao papel, que começa a escrita. “Escrever é ler, é estar atento, estar nas coisas. A parte da caneta e do papel, ou dos dedos no teclado, é apenas uma parte e muitas vezes a menos interessante”.
A sala de aula em que se reúne um grupo de pessoas com o interesse pela leitura e pela escrita é uma réplica dos círculos de artistas que se juntam para falar sobre a sua arte, desenvolver o gosto e o olhar crítico. “Até o Van Gogh, o símbolo máximo do artista louco e solitário, tinha um amigo, o Gauguin, com quem comparava técnicas e ao lado de quem pintava”.
O escritor Mário de Carvalho põe-se a imaginar: “Ninguém ia dizer ao Gógol ‘corte lá isso, não serve para nada”. Faz referência ao início do conto O Capote, um longo aparte que atrasa o encontro do leitor com Blaquemaquine, o protagonista da história. “Só no final da página nos é apresentado o protagonista(...). Não admitiríamos que qualquer professor de escrita criativa admoestasse o escritor ucraniano. ‘Homem, mude lá isso. Deixe-se de derivações. Cut to the chase’”, escreve Mário de Carvalho em Quem disser o contrário é porque tem razão – guia prático de ficção. Este livro, que lançou em Outubro, quer ser um compêndio de leituras e reflecções do autor, mas não é um livro de regras de escrita.
Ao longo do seu Quem disser o contrário é porque tem razão, quando Mário de Carvalho está próximo de definir algo que se parece com uma norma que o “novel escritor” (a quem assume, com alguma ironia, estar a dirigir-se) possa seguir à confiança, oferece logo três ou quatro exemplos da grande literatura que o contrariam. “Eu era capaz de dizer que não há mesmo regras, há sim percalços a evitar. E a partir do momento em que já se fizeram muitas leituras talvez seja mais fácil identificar os lugares comuns”.
Para Mário de Carvalho é um largo conjunto de leituras que leva à escrita. Foi assim que começou a escrever nos anos 1970, depois de ler uma data de livros de todo o tipo, dos russos às aventuras de Rocambole e de Sandokan. Além disto houve a influência do professor e poeta Fernando Guerreiro e do grupo de leitura que se reunia em torno dele para discutir livros. “Se calhar nunca seria escritor se não tivesse passado por aí, por essa figura que muito me estimulou e apoiou”, relembra.
É dos livros e de conversas como aquelas que nasce a literatura, diz. “Muitas das regras que nestes cursos se procuram aplicar mecanicamente, eu diria mesmo cegamente, são transgredidas pelos grandes autores. A literatura é uma arte de ambiguidades, de paradoxos, de incertezas, de instabilidade”, diz para explicar porque não associa à escrita criativa as oficinas de escrita que orienta e onde não se alonga em exercícios.
Começou a dar aulas de escrita no final dos anos 1990 na Escola Superior de Teatro e Cinema, passou pela Escola Superior de Comunicação Social e pela FCSH-UNL. Neste momento dá aulas, mas quando está à frente de uma turma prefere discutir com os alunos uma bibliografia de obras que considera essenciais na literatura e ainda exemplos das artes plásticas ou do cinema que podem abrir espaço a uma ideia.
Também a escritora Luísa Costa Gomes não gosta de ver as suas aulas identificadas com a escrita criativa. “Nunca me passou pela cabeça fazer um curso de escrita criativa”, diz. Orienta oficinas de escrita literária — é o termo que prefere — e comunidades de leitores desde os anos 1990. A razão porque não identifica aquilo que faz com a escrita criativa é achar que esta disciplina “põe uma enfâse desequilibrada na parte técnica, nos truques, nos esquemas, na maneira de fazer. Tudo aquilo que é técnico é repetitivo — e o facto de saber fazer pode ser a causa do texto ser desinteressante”.
Todos os cursos que vem dando, inclusivamente em escolas, a crianças do 4º ao 12º ano (neste momento, tem uma oficina de conto na FCSH-UNL) têm uma bibliografia fundamental, que deve ser lida ao longo das sessões e discutida e que muda de grupo para grupo. “O curso faz-se na relação”, conta. A par disto, cada aluno, dentro de uma turma em média com 15 alunos, desenvolve um projecto de “escrita pessoal e original”, que vai sendo acompanhado pela escritora.
Em cada grupo há uma pequena parte em que Luísa Costa Gomes encontra talento, palavra “que hoje é politicamente incorrecta”, e que sozinha não basta. “Nem todas estas pessoas vão escrever consistentemente. Um contista não se faz com um conto, faz-se com vários livros. É preciso essa perseverança”, explica. O ideal para aqueles que “demonstram qualidade literária” é que haja um horizonte de publicação depois do curso, por exemplo, no caso do conto, em revistas literárias. “Penso que se uma pessoa vem fazer uma oficina tem à partida um horizonte de publicidade e de partilha — mostrar que há continuidade na tradição literária. E quanto mais pessoal, original, interessante, densa, complexa for essa voz pública, melhor.”
Às 10h30 da manhã de segunda-feira, as cinco alunas da aula de conto da Escrever Escrever estão a postos. Ana já terminou o exercício enquanto as colegas ainda estão a escrever e Conceição aproveita para se sentar com ela e aconselhá-la a rever as descrições e os comentários que o narrador do seu texto faz: “pensa — o que é que isto acrescenta à história?”; e mais à frente: “vê se esta personagem vale a pena”.
Na aula anterior, há uma semana, distribuíram-se aleatoriamente nomes por cada uma delas. Tiveram de “andar com estas personagens no bolso” durante toda a semana para lhes inventarem uma vida e uma descrição física, social e psicológica, explica Conceição. No plot desta história há uma reviravolta: os nomes sorteados são nomes de pessoas que as alunas conhecem na realidade e que consideram “personagens”. Inês apresenta o seu Sr. Américo, um velho de cabelo branco e olhos azuis, que viveu uma história de amor com uma rapariga de boas famílias — os pais da moça não aceitaram a relação. Ela acabou por ir fazer carreira como violinista para a Áustria e o Sr. Américo vive sozinho até hoje. É Liliana quem conhece realmente o sr.Américo e deu o seu nome para o exercício: “O verdadeiro Sr. Américo não tem nada a ver com isso. É jovem – deve ter uns 30 anos – é boa pessoa, mas é muito poupado: poupa todas as moedas de dois euros que lhe param na carteira. No fim do ano, compra certificados de aforro.” Aqui já a personagem real conquistou o público da sala. Que mais sobre este Sr. Américo? “Faz gráficos de Excel com os gastos de gasolina”. A partir dali, a missão das outras quatro alunas foi ter personagens mais extraordinárias que as verdadeiras. Não foi fácil.
“Juntar duas palavras do mesmo universo semântico tem um impacto. Juntar palavras de universos diferentes tem outro, é mais inesperado”, explica Conceição lembrando o jogo do binómio fantástico do escritor italiano Gianni Rodari. Faz a experiência: “Se disser frases com as palavras folha e caneta — tenho uma folha e uma caneta; escrevo numa folha com uma caneta; perdi uma folha e uma caneta — elas não são surpreendentes. Mas se usar cão e armário — tenho um cão dentro do meu armário; um armário caiu em cima do meu cão, um cão cheira o meu armário — estas frases têm personagens e histórias por trás”. E a partir dali, Conceição entusiasma-se e quer já partir para o texto: “De quem é este cão que cheira o meu armário? O que é que está lá dentro? Um cadáver? Esta é uma história de crime.”
Dentro da mesma lógica, Conceição junta de vez em quando umas bulas de medicamentos, instruções de preservativos, o código civil do trabalho, uma publicidade a um vidente que lhe deram à saída do metro do Cais do Sodré e soma-lhes um poema de Baudelaire. “E com isto façam um texto”, diz aos alunos que têm que tirar daqui e dali uma e outra frase para criar um sentido — qualquer que ele seja.
Alguns destes exercícios, como o famoso “escreva um texto sem o a”, foram criados pelos movimentos surrealistas ou pelo colectivo francês dos anos 1960 OuLiPo - Ouvroir de Littérature Potentielle, de que faziam parte Raymond Queneau, Georges Perec ou Italo Calvino – “um grupo de pândegos: reuniam-se para beber e para comer e para se divertirem do ponto de vista literário. Inventaram brincadeiras e jogos para produzirem textos novos. Podem significar tudo, produzir textos muito engraçados, ou textos que não têm interesse nenhum. Não há nada que salve um escritor do confronto com as suas próprias limitações e com aquilo que ele quer fazer”, diz Luísa Costa Gomes.
Para a a escritora é este lado pessoal da escrita que falta salvaguardar nos programas de escrita criativa das universidades norte-americanas, onde estes cursos são comuns e de onde vem muita da sua tradição — de East Anglia, a Nova Iorque, passando por Iowa ou Harvard. “Aquilo que o modelo americano propõe é uma profissionalização precoce da escrita, com uma formação muito lacta mas muito técnica”, explica. “Há uma formatação da criatividade. O nível literário é muito bom, mas os textos são áridos, são totalmente vazios, quase exibicionistas na sua literariedade e mesmo assim, um bocejo. Tudo o que é real e autêntico, tudo o que é vital é formatado, imediatamente metido dentro dos protocolos da escrita.”
Para juntar-se à “falta de coisas para dizer”, que Luísa Costa Gomes aponta, Mário de Carvalho lembra os clichés de que a literatura saída da academia norte-americana é capaz: “’fulano fumava no alpendre’; ‘Laura estava lá fora’ — uma pessoa já não pode suportar este tipo de coisas. Depois são as raparigas abusadas em pequenas, os pedófilos, armas, irmãos desavindos, incestos. Há uma série de efeitos de moda que se sabe que resultam bem e que suscitam a atenção de certo tipo de público. Têm os tais defeitos de previsibilidade, são sempre as mesmas historietas, os mesmo efeitos.” Mário de Carvalho lembra-se de Philip Roth ou de Cormac McCarthy como excepções, e Luísa Costa Gomes, de Don Delillo. “Passaram eventualmente por aulas de escrita criativa e superaram tudo isso”, brinca Mário de Carvalho.
Kurt Vonnegut, o escritor norte-americano favorito de Rui Zink, não só passou por aulas de escrita criativa, como foi professor da disciplina nos anos 70. Em Portugal, o professor lembra-se de ver passar pelas cadeiras das suas aulas autores como Patrícia Reis, Ricardo Araújo Pereira, Francisco Dionísio, Cristina Norton. Zink nota em Portugal este atraso: ainda hoje a disciplina não é comum nas faculdades — há alguns cursos livres e a Universidade Lusófona abriu em 2007 a licenciatura em Tradução e Escrita Criativa. Zink prevê que num futuro próximo haja mesmo um enquadramento profissional do trabalho literário, à semelhança do que acontece nas academias anglo-saxónicas, mas por enquanto a obra de ficção que ele e outros professores universitários publicam não é valorizada enquanto curriculum, diz.
Se pedirmos a Mário de Carvalho um exercício ele prescreve: leia. E volte a ler e a sublinhar, a tirar notas e a comparar edições e traduções. Quer aprender a escrever títulos? Vá a uma biblioteca e veja como se arquitectaram uma dúzia deles, e a mesma coisa para aberturas de contos. E passeie por museus, e veja ainda filmes de todos os tipos. “A escrita é feita com tudo aquilo que nós temos: toda a nossa vivência, tudo aquilo que adquirimos. Pode partir de um quadro, de um filme, de um sonho, mas tudo isto envolve a mobilização de uma totalidade — está tudo ligado. É importante tomar contacto com a extrema complexidade e riqueza deste mundo”.
Pedro Chagas Freitas aponta sem hesitação as três regras para escrever um bom livro: 1. “encontrar o equilíbrio entre a coerência e a surpresa”; 2. “o equilíbrio entre as alterações no espaço físico e no espaço psicológico das personagens”; 3. “levar o leitor a concluir em vez de sermos nós a dizer-lhe. Mostrar em vez de dizer”.
“Se o leitor tiver uma expectativa em relação à literatura que é a da ‘história bem contada’ — uma ideia um bocado enervante — fica cada vez com menos abertura para se entregar a uma experiência que é realmente um pouco mais provocante”, acrescenta Luísa Costa Gomes, que diz ser “difícil definir o que é um bom texto, mas muito fácil de identificar”.
Para Mário de Carvalho, está em causa a procura de uma musicalidade pessoal na escrita — um trabalho cansativo e doloroso: “Às vezes soa a rachado e tem que ir fora, ou mudar-se uma palavra”. E parece simples quando Mário de Carvalho diz calmamente que “não há escrita que valha a pena ler-se sem que responda a um fundo de leituras, que se tenha atrevido a medir-se com o património literário universal”. Então, é ler, escrever e medir-se? “Sim, podia ter começado por aí e estava tudo dito.”

http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/onde-para-a-escrita-na-escrita-criativa-1680305

 Conquistando respeito acadêmico sem esforço



Digamos que você seja intelectualmente vaidoso, ou seja, uma pessoa que moralmente se alimenta de elogios sobre a sua inteligência. Mas, digamos também que você seja intelectualmente preguiçoso, isto é, uma pessoa sem muita disposição para trabalhar duro e realizar conquistas intelectuais reais e significativas. Diante deste quadro, como conquistar respeito e até admiração de seus pares profissionais, caso você decida seguir uma carreira acadêmica no Brasil? 

Para responder a esta questão encaminho a seguir uma lista de oito sugestões básicas para resolver este aparente paradoxo. É claro que essas recomendações jamais funcionarão para a conquista de respeito e admiração por parte dos genuínos pensadores, aqueles que efetivamente produzem conhecimento relevante e dominam uma visão crítica sobre ciência. Mas a lista de sugestões dadas abaixo funciona para a conquista de respeito e admiração entre os seus semelhantes, principalmente se você souber escolher com bastante cuidado a sua área de atuação profissional. Portanto, aí vai.

Sugestão 1: Publique o máximo que puder em anais de congressos. Na maioria dos casos, o processo de seleção de artigos ou resumos para fins de publicação em anais de congressos científicos é pouco rigoroso. Isso porque resumos pouco dizem. E mesmo aqueles textos um pouco mais extensos que, do ponto de vista editorial, se qualificam como artigos, podem ser recheados de ideias jamais testadas, mas que parecem sensatas à primeira vista. Neste último caso temos textos usualmente qualificados como artigos completos, sem de fato o serem. Como ninguém mesmo terá qualquer interesse em ler esses artigos e resumos, simplesmente por não serem informativos, você estará intelectualmente seguro. A Plataforma Lattes está repleta de casos assim. 

Sugestão 2: Organize ou edite livros. Convide colegas ou amigos para contribuírem com artigos a serem publicados em seu livro. Mas nem pense em publicar através de alguma editora de alcance internacional, a não ser que seja uma daquelas que cobram elevadas taxas dos autores e veiculam absolutamente qualquer coisa em troca de dinheiro. Se não quer ou não pode investir com subornos, procure organizar ou editar seus livros através de editoras de universidades federais, estaduais ou privadas de nosso país. E não se esqueça da importância do título de seu livro. Deve ser algo que dê destaque à sua inteligência, como "A Filosofia do Nada" ou "Desamando os Desarmados". Desta forma seus colegas perceberão que, além de inteligente, você é também espirituoso. Como ninguém lerá estes livros, novamente você estará seguro contra críticas sérias ao seu trabalho. A Plataforma Lattes está repleta de casos assim. 

Sugestão 3: Faça muitos amigos, participando de congressos nacionais e regionais. Se participar de algum congresso internacional realizado no Brasil, jamais fale em outro idioma que não seja o Português. Se assistir a alguma palestra proferida por um renomado cientista, não esqueça de comentar com os seus amigos: "É. Ele é muito bom, mas adora fazer propaganda de si mesmo.", "Não gostei da palestra. O conferencista dá mais destaque a pesquisas atuais do que a conteúdos realmente relevantes.". Ou seja, jamais elogie sem fazer ressalvas. E jamais discuta o mérito do tema da conferência. Faça afirmações vagas, mas impactantes. Sempre dê preferência a comentários de ordem pessoal. E não esqueça de falar com uma postura altiva. Muitos perceberão o quão antenado você está com a vida acadêmica. 

Sugestão 4: Oriente a maior quantia possível de monografias de especialização, dissertações de mestrado e teses de doutorado, convidando para membros de suas bancas somente aqueles que o respeitam e/ou admiram. Aqueles que o admiram são pessoas que certamente não gostam de criar polêmica. Eles aprovarão qualquer coisa que você aprove. Para mostrar aos seus orientados como você é brilhante, mas tolerante, sempre aprove as defesas de especialização, mestrado ou doutorado com a seguinte ressalva: "O candidato está aprovado com a condição de que faça as alterações sugeridas pela banca." Como ninguém lê monografias, dissertações ou teses e como ninguém confere se o candidato fez de fato quaisquer alterações após a defesa, você estará intelectualmente seguro. Ah, sim. Não se esqueça de obrigar seus orientados a aceitarem a inserção de seu nome em todos os artigos que escreverem e publicarem. A Plataforma Lattes está repleta de casos assim.

Sugestão 5: Se você deseja publicar em algum periódico especializado, para fazer volume em seu Currículo Lattes, basta submeter artigos para publicação em revistas editadas e distribuídas por universidades brasileiras. Na maioria dos casos essas revistas aceitam artigos escritos em Português. Além disso, elas não são procuradas por pesquisadores de ponta dos grandes centros de pesquisa espalhados pelo mundo. Eles sequer sabem da existência dessas revistas! Portanto, não há muita competitividade. Isso significa que você não precisa se empenhar de fato no artigo. Não se preocupe com conteúdo ou relevância. O que você escrever ficará apenas entre você e o editor. Talvez um ou dois "especialistas" leiam alguns trechos do que escrever. Nada além disso. A Plataforma Lattes está repleta da casos assim. 

Sugestão 6: Assuma cargos de chefia. Chefes, Diretores, Reitores e Pró-Reitores podem facilmente vender a imagem de tomadores de decisões, aqueles que definem quem recebe verbas e benefícios e quem fica de fora. Reclame da mentalidade política nas universidades, mas sempre seja político. Reclame de governos, mas sempre aceite quaisquer benefícios que possam vir deles. Reclame dos pesquisadores que não se envolvem com questões políticas, alegando que eles têm visão estreita de mundo. Reclame dos professores que se envolvem com questões políticas, alegando que eles se distanciam do ensino e da pesquisa. Mas, mais importante do que tudo, convoque reuniões, muitas reuniões. Reuniões conferem visibilidade. Todos estarão olhando para você. E não se incomode com aqueles que não gostam de você. Invista apenas naqueles que são beneficiados por suas decisões. Estes darão o apoio moral necessário para inflar o seu ego, mesmo diante de críticas alheias. 

Sugestão 7: Somente participe de eventos acadêmicos que emitam certificados, não importando quais sejam. Quanto maior a quantia de certificados, maior o volume de seu Curriculum Vitae. Apresente palestras em sua instituição e exija certificado assinado pelo seu chefe imediato. Obrigue seus alunos a participarem de atividades extra-curriculares e exija de seu chefe imediato um certificado de coordenador de evento de extensão universitária. Se algum colega seu estiver organizando um colóquio ou congresso, peça para trabalhar como mestre de cerimônias e exija um certificado. E cada certificado deve ser declarado em seu Currículo Lattes. 

Sugestão 8: Sempre fale sobre as suas conquistas. Mas faça isso de maneira sutil, comentando casualmente em algum contexto que nada tem a ver com as suas atividades profissionais. Se souber falar, pode facilmente passar a sensação de que a vida acadêmica é parte fundamental de seu ser. Por exemplo, se alguém está falando sobre viagens, diga o seguinte: "Pois é. Anos atrás, participei de um congresso de engenharia de produção em Itatiaia, no Rio de Janeiro. E, cara, como aquele parque nacional é lindo. A janela de meu quarto dava direto para aquela mata atlântica maravilhosa. Você sabia que tem esquilos em Itatiaia?"

Enfim, se você se mantiver ocupado, jamais precisará trabalhar de fato. Após a sua morte, ninguém mais se lembrará de sua remota existência. Mas, em vida, você ainda poderá desfrutar da sensação de que era um profissional socialmente necessário e academicamente engajado. 

http://adonaisantanna.blogspot.com.br/2014/12/conquistando-respeito-academico-sem.html

Dmitri Shostakovich


From Wikipedia, the free encyclopedia
"Shostakovich" redirects here. For the conductor and son of Dmitri Shostakovich, see Maxim Shostakovich.
This name uses Eastern Slavic naming customs; the patronymic is Dmitriyevich and the family name is Shostakovich.
Dmitri Shostakovich in 1942
Dmitri Dmitriyevich Shostakovich (Russian: About this sound Дми́трий Дми́триевич Шостако́вич , tr. Dmitrij Dmitrievič Šostakovič, pronounced [ˈdmʲitrʲɪj ˈdmʲitrʲɪɪvʲɪt͡ɕ ʂəstɐˈkovʲɪt͡ɕ]; 25 September[1] 1906 – 9 August 1975) was a Russian composer and pianist, and a prominent figure of 20th-century music.[2]
Shostakovich achieved fame in the Soviet Union under the patronage of Soviet chief of staff Mikhail Tukhachevsky, but later had a complex and difficult relationship with the government. Nevertheless, he received accolades and state awards and served in the Supreme Soviet of the RSFSR (1947–1962) and the Supreme Soviet of the Soviet Union (from 1962 until his death).
After a period influenced by Sergei Prokofiev and Igor Stravinsky, Shostakovich developed a hybrid style, as exemplified by Lady Macbeth of the Mtsensk District (1934). This single work juxtaposed a wide variety of trends, including the neo-classical style (showing the influence of Stravinsky) and post-Romanticism (after Gustav Mahler). Sharp contrasts and elements of the grotesque[3] characterize much of his music.
Shostakovich's orchestral works include 15 symphonies and six concerti. His chamber output includes 15 string quartets, a piano quintet, two piano trios, and two pieces for string octet. His piano works include two solo sonatas, an early set of preludes, and a later set of 24 preludes and fugues. Other works include three operas, several song cycles, ballets, and a substantial quantity of film music; especially well known is The Second Waltz, Op. 99, music to the film The First Echelon (1955–1956).[4][5]

http://en.wikipedia.org/wiki/Dmitri_Shostakovich

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

DVDVideoSoft

http://www.dvdvideosoft.com/

Free Youtube to MP3 converter
"Paranoid Android" is a song by English alternative rock band Radiohead, featured on their 1997 third studio album OK Computer. The lyrics of the darkly humorous song were written primarily by singer Thom Yorke, following an unpleasant experience in a Los Angeles bar. At more than six minutes long and containing four distinct sections, the track is significantly influenced by The Beatles' "Happiness Is a Warm Gun" and Queen's "Bohemian Rhapsody". "Paranoid Android" takes its name from Marvin the Paranoid Android of Douglas Adams' The Hitchhiker's Guide to the Galaxy series.


http://en.wikipedia.org/wiki/Paranoid_Android

PLANTAÇÃO NUTRITIVA

Vá pastar

O homem pode comer milhares de plantas, mas só algumas dezenas estão disponíveis no mercado. Conheça o vasto mundo de alimentos nutritivos que estão aí, brotando em terrenos baldios perto da sua casa. É hora de comer mato

por Alexandre De Santi
Quando pega a estrada, Valdely Kynupp olha para o canteiro ao lado da pista e enxerga um supermercado. O mato que, para o motorista comum, parece apenas fruto da má conservação das rodovias brasileiras, tem valor nutricional para esse botânico, pesquisador do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam). Ele vê taboas, uma planta aquática típica de banhados, e imagina uma salada. O pólen da taboa, que tem seis vezes mais vitamina C que a laranja, pode ser comido puro, de colher. Ou junto com iogurte.

Kynupp tem uma paixão por alimentos alternativos. Em sua tese de doutorado, estudou 1,5 mil inços, pragas e ervas daninhas na região metropolitana de Porto Alegre. Concluiu que 311 (cerca de 20%) tinham potencial alimentício. Isso é muito mais do que costumamos comprar na feira ou no supermercado. A FAO, o órgão das Nações Unidas para alimentação e agricultura, estima que a demanda mundial por alimentos dependa de 150 espécies, sendo que apenas 12 delas são responsáveis por 75% de tudo o que nós comemos. Nossa variedade alimentícia não é tão variada assim: arroz, milho e trigo fornecem metade de toda a energia alimentar do planeta (incluído aí o que é destinado para ração animal).

Mas nem sempre foi assim. A FAO calcula que, ao longo da história, 7 mil espécies foram cultivadas para fins alimentares. Os critérios sobre o que é comestível variam conforme as culturas e a passagem do tempo, mas uma das mais completas listagens está no livro Plants for Human Consumption ("plantas para consumo humano", sem edição no Brasil), de Günther Kunkel. Na obra, o botânico alemão contabilizou 12,5 mil espécies potencialmente alimentícias. O número pode ser ainda maior. Um dos mais respeitados estudiosos da área, o ecologista argentino Eduardo Rapoport, estima em 27 mil as plantas que podem ser servidas na mesa. Então, quando Kynupp olha para a beira da estrada, não enxerga apenas um palmito alternativo com valor nutricional. Ele vê um enorme potencial desperdiçado. As plantas alimentícias não convencionais, conhecidas por uma sonora sigla (pancs), poderiam enriquecer em nutrientes e baratear em custo a dieta do brasileiro.

Dentro das caravelas que chegaram às Américas, os europeus trouxeram sementes das suas espécies favoritas, como arroz e trigo. E o gosto do colonizador venceu a cultura dos índios, que se alimentavam do que a natureza oferecia ao seu redor. Cinco séculos depois, cerca de 52% das espécies mais consumidas no mundo vêm da Europa e da Ásia. Para cultivá-las em ecossistemas estrangeiros, agricultores do mundo todo fazem uma ginástica enorme, gastando bilhões de dólares em preparação do solo, sementes modificadas e pesticidas. O Brasil, por exemplo, importa mais de 60% do trigo que consome. E 90% da produção nacional está concentrada no Sul. Ou seja, para comer o pãozinho de cada dia, você depende de uma planta originária do Oriente Médio, que, se não foi importada da Argentina, do Uruguai ou do Paraguai, veio de um lugar do sul do País para virar farinha e cruzar milhares de quilômetros até chegar à padaria. E isso acontece no mundo inteiro. O trigo é produzido em poucas regiões do planeta - as zonas de produção são pequenas manchas no globo, principalmente na Europa, Ásia e América do Norte.

Enquanto isso, possivelmente há plantas nutritivas brotando no quintal da sua casa ou em algum terreno baldio da vizinhança. "Mas a maioria das pessoas não enxerga isso. Vê tudo como mato", diz Kynupp, que consumiu, para fins acadêmicos, 253 das 1,5 mil espécies analisadas. São folhas, raízes, frutos e flores, entre outras partes de plantas. Em geral, as pancs, também chamadas de hortaliças negligenciadas ou subutilizadas, são mais amargas que as verduras compradas no supermercado. Algumas são levemente tóxicas. Mas o risco depende da sensibilidade de cada pessoa, do modo de preparo e, também, de quem colhe as plantas. "Quem mora na zona rural sabe diferenciar uma planta da outra, assim como quem mora na cidade tende a diferenciar marcas de carros", exemplifica Kynupp. Grande parte das plantas alimentícias não-convencionais também são consideradas "ruderais", ou seja, vegetais adaptados às cercanias das construções humanas, que se aproveitam dos restos de outros vegetais ou animais para crescer. São pragas que prosperam em solos ricos em nitrogênio, mas que possuem grande concentração de proteína.

E é aí que reside o grande argumento dos defensores dessas plantas. Certo, elas são muito amargas e algumas são pragas tóxicas. Mas elas são muito nutritivas. "O Brasil é um dos países mais biodiversos do planeta, mas a nossa alimentação ainda é muito pobre. A gente come de dez a 20 plantas por dia, cerca de cem ao longo de um ano inteiro. Isso é pouco", diz Kynupp. "E quase tudo que a gente come não é brasileiro. A gente fala muito da biodiversidade brasileira e come a biodiversidade dos outros".

O discurso é saboroso, mas, na prática, a valorização das espécies silvestres ainda está restrita aos círculos acadêmicos e ao setor mais hardcore das feiras de alimentos orgânicos. Em 2010, o Ministério da Agricultura lançou o Manual de Hortaliças Não-Convencionais, com orientações para cultivo e preparo de 23 espécies, entre elas o jacatupé, chuchu-de-vento, beldroega e ora-pro-nóbis. Este último é um dos poucos alimentos não tradicionais que têm relativa popularidade, especialmente em Minas Gerais, onde há até um festival gastronômico, em Sabará, dedicado à planta.

Em maio do ano passado, a FAO manifestou preocupação com a diversidade alimentar e recomendou o consumo de insetos como fonte de proteína. Mas por que insetos e não pancs? Besouros e grilos ganharam atenção porque são saudáveis e a criação é barata. Para produzir a mesma proteína, o grilo precisa de um volume de alimentação 12 vezes menor que o gado, por exemplo. Além disso, ao contrário de plantas verdinhas, insetos são nojentos, então eles precisam de um incentivo, de uma campanha mais convincente para serem popularizados.

Estudos apoiam a tese do potencial nutricional das variedades rústicas. Jo Robinson, jornalista e autora do recém-lançado livro Eating on the Wild Side ("comendo no lado selvagem", sem edição no Brasil), dá um exemplo: um dente-de-leão selvagem tem sete vezes mais fitonutrientes do que o espinafre, que, como sabe quem via Popeye, é um superalimento. Os fitonutrientes ajudam a combater o câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e demência.

Ainda há o caso de alimentos tradicionais que perderam potencial nutritivo, como o milho. Nas últimas décadas, ele vem sendo selecionado para ser mais doce, o que permite a produção de etanol. Hoje, quase 40% do milho é açúcar. A padronização cresce e nosso acesso a culturas alimentares diferentes diminui.

Mas ainda há muito a explorar, espepecialmente entre essas espécies excluídas. Um passeio pelo Jardim Botânico de Porto Alegre ajuda a entender o que o aventureiro pode esperar de uma colheita silvestre em terreno urbano. O picão-preto, que tem folhas similares às de hortelã, nasce no meio da grama e tem sabor suave. Serralha lembra uma rúcula, mas não muito amarga. O sabor picante e doce é a marca das folhas da capuchinha, cuja flor já é usada como decoração de saladas. O picão-branco tem leve amargor e lembra o manjericão na aparência. Nenhuma dessas espécies é repugnante. A degustação não convencional foi acompanhada de uma conhecedora do tema, a diretora executiva do Jardim Botânico, Andréia Carneiro, especialista em pancs. Não por acaso, Andréia conviveu com Kynupp. "O Valdely fazia suco de cacto, que é a coisa mais nojenta do mundo", lembra. "Ele come qualquer porcaria".
Andréia, diferentemente de Kynupp, não recomenda uma expedição gastrômica silvestre sem o acompanhamento de um especialista. "É difícil reconhecer as plantas se tu não és botânico", avisa. Além do mais, a tolerância aos sabores rústicos e ao nível de toxinas varia para cada pessoa. O amargor marcante em grande parte das folhas indica um dos maiores benefícios de incluir plantas negligenciadas na dieta. Segundo Andréia, o gosto forte revela a presença de compostos secundários na planta, que deixam os alimentos mais nutritivos. Em alguns casos, porém, isso indica o nível de toxidade da planta. "É um aviso da natureza", ensina. Portanto, cuidado na colheita.
Experimente

Plantas não convencionais que podem ir para sua salada


Chuchu-de-vento

Famoso no Peru. Pode ser consumido cru, frito, ou cozido. O fruto é amargo adocicado. Acompanha carnes e molhos.

Encontre - É uma trepadeira, então precisa de espaço. É raro vê-lo em uma calçada.

Beldroega

Boa para a salada. Os talos e folhas podem ser consumidos crus ou como sopas, sucos ou caldos, que ficam cremosos.

Encontre - Os ramos e folhas são pequenos e podem ser encontrados em qualquer solo rico em matéria orgânica - até mesmo em terrenos baldios.

Ora-pro-nóbis

Cacto com jeito de trepadeira, é popular em Minas, onde é consumido em angus, sopas, mexidos e omeletes.

Encontre - Em tudo que é lugar. Precisa de pouca água e sobrevive em condições extremas.

Serralha

Conhecida também como chicória-brava, as folhas, quando tenras, combinam com salada verde.

Encontre - Comum em terrenos abandonados, próximo a muros e cercas. É uma erva resistente que não chega a 1 metro de altura.

Jacatupé

Consumido na Amazônia Ocidental. As raízes podem ser comidas cruas, cozidas ou defumadas. É possível fazer polvilho das raízes para bolos e tortas.
Encontre - Mais difícil. É uma trepadeira comum em cabeceiras de rios da Amazônia.

Como não morrer comendo mato em 5 passos


1. Por partes

Algumas plantas são, sim, tóxicas. Mas as toxinas ficam mais perigosas à medida que são ingeridas em maior quantidade. O melhor a fazer é provar um pequeno pedaço. Se agradar, continue. Se parecer repugnante ou extremamente amargo, cuspa.

2. Gostinho amargo

É um tema polêmico entre os apreciadores, mas o alto amargor pode indicar risco. Seria um aviso da natureza, aprimorado em milênios de coleta pelos nossos ancestrais.

3. Fibras

Evite folhas ou caules muito fibrosos. Você terá dificuldade de mastigar e digerir. Se for pouco flexível, passe adiante.

4. Confie nos entendidos


Quem já viu o filme Na Natureza Selvagem sabe do risco de confiar em livros e ilustrações para escolher o mato certo. Prefira ouvir botânicos, especialistas na flora local ou manuais de plantas comestíveis se estiver em dúvida.

5. Ponha na panela
Algumas plantas são difíceis de comer e até tóxicas quando cruas, mas se tornam palatáveis depois de cozidas. Cada caso é um caso, é claro, mas os riscos costumam diminuir quando as plantas vão ao fogo.

http://super.abril.com.br/saude/va-pastar-784268.shtml?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super
Paula Antunes, 27 anos, advogada, São Paulo (SP)
“Corro há três anos e comecei a treinar com o objetivo de perder peso. Com o tempo fui criando um carinho enorme pelo esporte.
Escolho uma roupa confortável, prendo bem o cabelo e, claro, escolho uma playlist que combine com meu humor. Esse ritual é de suma importância para mim. É a partir desse momento que começo a relaxar e curtir o esporte em sua plenitude.
Ouço bastante house e música eletrônica.”
1. Hot n Cold – Kate Perry
2. Stress – Justice
3. Born Slippy – Underwolrd
4. Voodoo People – The Prodigy
5. Catch You – Kosheen
O TFBlog quer saber o que rola no seu mp3 durante a corrida. Para participar da seção Playlist mande um e-mail para: cl@tf.com.br
Publicado em 26 janeiro, 2010

Playlist

Post 3
Ana Cristina Salemi, 33 anos, arquiteta, Taboão da Serra (SP)
“Corro há dois anos e meio e sou simplesmente viciada no esporte!
Adoro correr ouvindo música pois além de me motivar ela me mantém em um bom ritmo. Me sinto animada, disposta e ainda esqueço de todos meus problemas do dia a dia. Minha trilha sonora preferida é pop music.”
1. In This City – Iglu & Hartly
2. Pump It – Black Eyed Peas
3. Learn To Fly – Foo Fighters
4. Say It Right – Nelly Furtado
5. LDN – Lily Allen

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Publicado em 7 janeiro, 2010

Playlist

Post 164
Marco Antônio Almeida, 37 anos, advogado, Rio de Janeiro (RJ)
“Pratico corrida de rua há cinco anos e não me imagino vivendo sem o esporte.
Não há nada melhor do que sair do escritório estressado, cheio de coisas na cabeça e espairecer através de uma bela corrida pela orla da praia. A trilha sonora do treino é sempre bem variada. Tudo depende do meu estado de espírito, se preciso de um ânimo a mais apelo para o rock&roll, se estou tranquilo, ouço MPB.”
1. The Number of The Beast – Iron Maiden 
2. Start Me Up – Rolling Stones
3. Perfect – Smashing Pumpkins
4. It’s Your Life – Lenny Kravitz
5. Ace of Spades – Motorhead

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Linguagem Corporal a seu favor

Um dos meus TEDs favoritos é sobre linguagem corporal: nele, a cientista social Amy Cuddy explica como a linguagem corporal pode ajudar a mudar a nossa vida e o mundo ao nosso redor. Ela mostra como pesquisadores descobriram que linguagem corporal não é só uma manifestação do que queremos dizer, mas também pode fazer o caminho inverso: o corpo produz reações psicológicas que equivalem aos gestos que nós expressamos. Ou seja: mudar sua postura pode melhorar sua auto-confiança, por exemplo.
A linguagem corporal pode, também, mudar a maneira como os outros te percebem. E pequenos truques podem ser suficientes para causar boa impressão, parecer super simpático e fazer as pessoas irem com a sua cara sem muito esforço. Traduzimos algumas dicas que foram dadas ao site Entrepeneur.com por Leil Lowndes, autora de um livro sobre relacionamentos pessoais e linguagem corporal:
100% de atenção Lowndes diz para dar 100% de atenção quando conhecer uma pessoa nova. Para isso, você deve virar todo seu corpo em direção a pessoa e dar a ela a mesma atenção exclusiva que você daria a um bebê, por exemplo. Isso a fará sentir muito especial.
Espere para sorrir (só um pouquinho) Lowndes diz que você não deve sorrir imediatamente ao conhecer alguém. O ideal é fazer contato visual primeiro e sorrir depois de uma fração de segunda. Isso dará à pessoa a impressão que o sorriso foi sincero e personalizado só pra ela, e vai mudar de cara a maneira como a pessoa lhe percebe.
Olhos colados Mantenha contato visual com quem você está conversando mesmo depois que a pessoa parar de falar. Quando for desviar o olhar, faça isso devagar, relutantemente. Uma técnica que tem o mesmo efeito prático é contar quantas vezes seu interlocutor pisca durante a conversa (mentalmente, claro; não vá bancar o louco). Se você estiver particularmente interessado em alguém em um grupo - sejam interesses profissionais, pessoais ou românticos - você deve olhar pra essa pessoa de vez em quando, mesmo se ela não estiver falando. Vai mostrar que você está interessado nas reações dela. Mas cuidado pra não parecer esquisito ou sufocar a pessoa - a ideia, na verdade, é que você confira a reação da pessoa quando o interlocutor levantar questões interessantes, por exemplo.
Todo mundo pode ser um velho amigo Se estiver muito nervoso sobre conhecer alguém novo em qualquer contexto, tente imaginá-lo como um velho amigo (literalmente imagine algum velho amigo seu no lugar da pessoa e se concentre em como você reagiria ao encontrá-lo). Precisa ser alguém que você conhece há algum tempo e com quem se sinta 100% a vontade. Só sua antecipação para encontrar alguém próximo vai mudar seu corpo e postura corporal e vai te fazer lidar com mais tranquilidade com o estranho.
Pare quieto O primeiro passo para transmitir confiança e lealdade é não se mexer muito. Balançar os pés, as mãos, a cabeça ou coçar o rosto, por exemplo, podem dar a outra pessoa a impressão de que você está ansioso (e, portanto, mentindo).

http://revistagalileu.globo.com/Life-Hacks/noticia/2014/07/5-truques-de-linguagem-corporal-pra-fazer-pessoas-irem-com-sua-cara.html


Paula Antunes, 27 anos, advogada, São Paulo (SP)
“Corro há três anos e comecei a treinar com o objetivo de perder peso. Com o tempo fui criando um carinho enorme pelo esporte.
Escolho uma roupa confortável, prendo bem o cabelo e, claro, escolho uma playlist que combine com meu humor. Esse ritual é de suma importância para mim. É a partir desse momento que começo a relaxar e curtir o esporte em sua plenitude.
Ouço bastante house e música eletrônica.”
1. Hot n Cold – Kate Perry
2. Stress – Justice
3. Born Slippy – Underwolrd
4. Voodoo People – The Prodigy
5. Catch You – Kosheen
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Publicado em 26 janeiro, 2010

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Ana Cristina Salemi, 33 anos, arquiteta, Taboão da Serra (SP)
“Corro há dois anos e meio e sou simplesmente viciada no esporte!
Adoro correr ouvindo música pois além de me motivar ela me mantém em um bom ritmo. Me sinto animada, disposta e ainda esqueço de todos meus problemas do dia a dia. Minha trilha sonora preferida é pop music.”
1. In This City – Iglu & Hartly
2. Pump It – Black Eyed Peas
3. Learn To Fly – Foo Fighters
4. Say It Right – Nelly Furtado
5. LDN – Lily Allen

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Publicado em 7 janeiro, 2010

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Marco Antônio Almeida, 37 anos, advogado, Rio de Janeiro (RJ)
“Pratico corrida de rua há cinco anos e não me imagino vivendo sem o esporte.
Não há nada melhor do que sair do escritório estressado, cheio de coisas na cabeça e espairecer através de uma bela corrida pela orla da praia. A trilha sonora do treino é sempre bem variada. Tudo depende do meu estado de espírito, se preciso de um ânimo a mais apelo para o rock&roll, se estou tranquilo, ouço MPB.”
1. The Number of The Beast – Iron Maiden 
2. Start Me Up – Rolling Stones
3. Perfect – Smashing Pumpkins
4. It’s Your Life – Lenny Kravitz
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The Birthplace of Lesbian Chic

A new documentary celebrates the legendary Sunday nights at Café Tabac



Published:


Wanda Acosta; (Below image) Director Karen Song and Michele Alleyne
Wanda Acosta; (Below image) Director Karen Song and Michele Alleyne
Imagine a lesbian bar so chic and glamorous that even rich and famous culture-makers— Madonna and Jean-Paul Gautier, Kate Moss, Naomi Campbell, Queen Latifah—would climb to the top of the stairs to join the party. Did it ever exist? Once upon a time it did. Flash back to New York City’s East Village in the early 1990s, when on Sunday evenings Café Tabac opened its doors to lesbians and their friends, creating the upscale, inclusive environment where the media phenomenon known as “lesbian chic” was born.
The club closed some time ago, and Manhattan lesbians have yet to see the likes of that legendary night again. But for those wanting to relive the glory days of go-getter gay girls, a new film executive produced by Wanda Acosta, the co-host with Sharee Nash of Café Tabac, documents this brief and shining moment in the history of lesbian nightlife .
Sundays at Café Tabac, which reached its Kickstarter goal last year and is now receiving its finishing touches, revisits the history of this sexy, aesthetically inclined, and totally original club night. Acosta decided to make the film because 20 years later she was still talking to friends about the night. “We’d get together and have dinner and talk about those early days of the party and why it still really resonated with women. And the more we talked about it the more we realized it was a historic time, and we thought we really needed to tell that story and find out what was happening in the early ’90s that pushed this transformation for lesbians.”
What was happening was a desire to come out and be fabulous together as gay women and men after the turmoil and heartache of the AIDS era, and a need to embrace self-expression as a response to the buttoned-down lesbian-feminist movement that eschewed glamour and commercialism. In the ’90s, a groundswell of “lipstick” lesbians rebelled against the “granola” separatist-feminist image of the ’70s and ’80s, and the term “lesbian chic” was coined to describe the sudden emergence of fashion-conscious gay girls who saw style not as patriarchal oppression but as a tool for empowerment.
“Women were feeling they didn’t need to adhere to those stereotypes from the old days,” says Acosta. “[Lesbian chic] was a way to own their sexuality and express it in a way that was completely different from what lesbians had done prior.” The media was quick to pick up on the trend, and lesbians (or at least lesbian imagery) were featured on the covers of mainstream magazines such as Vanity Fair (remember the Herb Ritts photo of Cindy Crawford “shaving” k.d. lang?). “It was a very very hot moment for us, feeling really special and being OK with being out there—visible and fashionable and owning it,” says Acosta. “I thought that was very transformational, and it was certainly going to trickle down into mainstream culture somehow. There was definitely The L Word before The L Word in that room on Sundays.”
Michelle Alleyne
Acosta saw Café Tabac as a salon—a crucible for lesbian communication and creativity. “We had all kinds of women there—creative, powerful, downtown New York women who were certainly making things and doing things. There were directors there, TV people, so it was only a matter of time before that became part of the mainstream culture, like we see with The L Word and more films that are coming out as well.”
We all loved (and loved to hate) The L Word, but one allegation many lesbians leveled at the show was its lack of inclusivity—real or imagined. Café Tabac started because Acosta “wanted something a little more glamorous. I really wanted to get dressed up and have a proper drink and be able to meet someone or bring someone on a date. It didn’t exist. And when I started the party, there was a level of discomfort in the beginning. Women would come up and ask, ‘What section of this restaurant is for us?’—not recognizing that the whole space was for them. We were shoving ourselves in the corner or in the basement because that’s what we were used to. So the moment that everyone felt comfortable within the room, it was just incredible and wonderful to see—to be able to own it, embrace it, and enjoy self-expression.”
Far from being exclusive, Acosta wanted Café Tabac to be a celebration of lesbian community in all its forms, a celebration of its interconnectedness. “I started it as a lesbian night, but what was interesting was that the women were so incredible that other people just wanted to be in that space—they were attracted to the energy, the beauty, the community. It was really about community. It was about coming in and feeling like you were family. Everyone was welcoming and warm and had something to say, and you could have a conversation with a stranger and leave there feeling like you’d met a new friend, which is something that I feel is lost as technology and globalization have taken place. It was pre–cell phones, pre-Internet. It was a very different way of socializing.”
“There was definitely The L Word before The L Word in that room on Sundays.”
But times do change, especially in New York City, which has lost many venues through the gentrification of neighborhoods. Café Tabac closed its doors not due to a lack of lesbian patronage, but due to rising rents. Acosta organized other parties, such as Starlight Sundays, which ran for 19 years, but she didn’t want to try to mimic Café Tabac, because “it was never going to happen again. You can’t really recreate that.”
When you look at the lesbian scene in New York today, there seem to be fewer options than ever. The upscale Dalloway closed last year. What’s left? The beer-centric boîtes (the Cubbyhole and Henrietta Hudson), a few semi-regular girls’ nights, and a party circuit based mostly in Brooklyn. “Unfortunately, the way the economy is in New York, it’s almost prohibitive to have a lesbian space. The mentality is still that lesbians are not consistent and they don’t spend money, which I think is a myth,” says Acosta. “The younger ones do go out, but they’d rather socialize on Facebook or online, and then have meet-ups. I don’t think they go to bars as much.”
In the meantime—and until we all tire of talking to each other with our thumbs, in our virtual little worlds—watch out for Sundays at Café Tabac. The film features over 50 interviews with celebrities, including Eve Salvail, Patricia Field, Lea DeLaria, Guinevere Turner, Edie Windsor, Sandra Bernhard, and k.d. lang. Vibrant visuals using archival images, animation, and reenactments will recreate those long-lost Sunday nights where the hippest music set the mood. Meshell Ndegeocello’s original score recreates the ambience of this Sapphic salon.
“I’m so excited, I can’t wait for this to happen,” says Acosta. “It’s a long process, but it’s gotten so much support. We’re really excited to be able to tell this story.”

INFO:
Be Part of Lesbian History

Sundays at Café Tabac is currently in postproduction and finishing funds are needed to complete the first edit and trailer and especially for the soundtrack. Curve readers can help by going to http://www.cafetabacfilm.com/donate/ 

http://www.curvemag.com/Culture/The-Birthplace-of-Lesbian-Chic-169/