Página na internet satiriza preconceito com empregadas domésticas
Postado em
23 de maio de 2014 às 4:52 am
“Dei uma echarpe Prada para minha empregada e a anta
mexicana usou como pano de chão. Que lástima.” “Minha empregada é muito
burra, às vezes tenho vontade de tirar essas banhas dela com uma faca de
cozinha.” “Minha empregada não chega, disse que está sem ônibus, minha
casa está imunda, vadia, vem andando.”
Acredite ou não, essas frases são reais e foram postadas publicamente no Twitter. Mas o que os autores não esperavam era que um perfil recém-criado na rede trouxesse visiblidade ao preconceito contra as empregadas domésticas.
“Meu objetivo com a página é apontar o racismo e o preconceito. Muitas vezes as pessoas nem percebem que estão sendo preconceituosas e a ideia é ajudá-las a se ligarem nisso”, disse à BBC Brasil o criador da página Clique @aminhaempregada, que em 48 horas ganhou mais de 2,6 mil seguidores na rede social.
Profissional de marketing, o dono do perfil tem 33 anos, mora em São Paulo, mas prefere não se identificar. “Não quero ganhar louros com essa história”, afirma.
Ele também garante que esta não é uma campanha profissional, como a #somostodosmacacos, lançada pelo jogador Neymar nas redes sociais. Na ocasião, o que inicialmente parecia uma atitude espontânea se mostrou uma ação arquitetada por uma agência de publicidade.
“Não tem nada de profissional aqui. Minha motivação é pessoal”, assegura.
Durante semanas, o autor da página fez buscas com os termos “minha empregada” junto a palavras-chave como “burra” ou “nordestina”.
“Fiquei assustado com o que encontrei. As pessoas dão esse tipo de declaração em um espaço público como o Twitter, sem controle nenhum.”
Com a descrição “A chibatada é serventia da casa (contém ironia e tristeza)”, o perfil retuíta mensagens postadas por pessoas de todo o Brasil.
É o caso de um jovem de Recife, que na semana passada escreveu: “Vou pegar o Nokia da minha empregada e dar um rolé, pelo menos não vou ser abordado”.
Ou de uma menina de São Paulo, que postou “Mano, a paraiba da minha empregada derrubou o meu jardim zen. To p***, sérioo, nao acredito”.
O criador da página afirma que não recebeu nenhuma resposta ou reclamação das pessoas expostas em Clique @aminhaempregada.
Uma busca simples no Twitter permite encontrar algumas demonstrações públicas de apoio ao perfil. “O pior de tudo é ver que a maiorias dos racistinhas e preconceituosos são jovens, que futuro nos espera?”; “Clique @aminhaempregada nos brinda com a verdadeira face do brasileiro. Ótimo para quem duvida da existência do preconceito” e “Sou filho de empregada e vendo os RTS do Clique @aminhaempregada só vejo que tenho que cada vez melhorar minha postura e lutar”, por exemplo.
Acredite ou não, essas frases são reais e foram postadas publicamente no Twitter. Mas o que os autores não esperavam era que um perfil recém-criado na rede trouxesse visiblidade ao preconceito contra as empregadas domésticas.
“Meu objetivo com a página é apontar o racismo e o preconceito. Muitas vezes as pessoas nem percebem que estão sendo preconceituosas e a ideia é ajudá-las a se ligarem nisso”, disse à BBC Brasil o criador da página Clique @aminhaempregada, que em 48 horas ganhou mais de 2,6 mil seguidores na rede social.
Profissional de marketing, o dono do perfil tem 33 anos, mora em São Paulo, mas prefere não se identificar. “Não quero ganhar louros com essa história”, afirma.
Ele também garante que esta não é uma campanha profissional, como a #somostodosmacacos, lançada pelo jogador Neymar nas redes sociais. Na ocasião, o que inicialmente parecia uma atitude espontânea se mostrou uma ação arquitetada por uma agência de publicidade.
“Não tem nada de profissional aqui. Minha motivação é pessoal”, assegura.
Durante semanas, o autor da página fez buscas com os termos “minha empregada” junto a palavras-chave como “burra” ou “nordestina”.
“Fiquei assustado com o que encontrei. As pessoas dão esse tipo de declaração em um espaço público como o Twitter, sem controle nenhum.”
Com a descrição “A chibatada é serventia da casa (contém ironia e tristeza)”, o perfil retuíta mensagens postadas por pessoas de todo o Brasil.
É o caso de um jovem de Recife, que na semana passada escreveu: “Vou pegar o Nokia da minha empregada e dar um rolé, pelo menos não vou ser abordado”.
Ou de uma menina de São Paulo, que postou “Mano, a paraiba da minha empregada derrubou o meu jardim zen. To p***, sérioo, nao acredito”.
O criador da página afirma que não recebeu nenhuma resposta ou reclamação das pessoas expostas em Clique @aminhaempregada.
Uma busca simples no Twitter permite encontrar algumas demonstrações públicas de apoio ao perfil. “O pior de tudo é ver que a maiorias dos racistinhas e preconceituosos são jovens, que futuro nos espera?”; “Clique @aminhaempregada nos brinda com a verdadeira face do brasileiro. Ótimo para quem duvida da existência do preconceito” e “Sou filho de empregada e vendo os RTS do Clique @aminhaempregada só vejo que tenho que cada vez melhorar minha postura e lutar”, por exemplo.
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