terça-feira, 26 de agosto de 2014

A verdadeira história dos “kachigumi” e dos “makegumi” do Brasil em documentário da NHK

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Os confrontos entre os que aceitavam e os que não acreditavam que o Japão havia perdido a guerra. O programa vai ser transmitido nesta noite, com reprise na manhã de sábado pelo canal BS1.

Migrantes japoneses no Brasil.
Migrantes japoneses no Brasil.
Um dos temas mais delicados da história dos emigranges japoneses ao Brasil, é o confronto entre os ¨kachigumi¨, que não acreditavam que o Japão havia perdido a guerra, e os ¨makegumi¨,  que aceitavam a derrota, será abordado em um documentário que o canal BS1 da NHK transmitirá nesta sexta-feira, com reprise no sábado.
¨No dia em que terminou a II Guerra Mundial, 15 de agosto de 1945, no Brasil começava um conflito grave entre os imigrantes japoneses. Uma facção não acreditava que o Japão havia perdido a guerra, e uma outra, reconhecia a derrota¨,  conta o material promocional da NHK.
Este confronto, que dividia em dois a sociedade nikkei brasileira, cresceu tanto que resultou em mais de 15 pessoas assassinadas, especialmente em São Paulo, e cerca de 3 mil pessoas presas.
¨Os japoneses que começaram a emigrar ao Brasil a partir de 1908 mantiveram sempre o sonho de regressar ao Japão. Não se dá para explicar como um problema tão grave nessa colônia pode ter ocorrido¨, segue dizendo a emissora.

mais de 15 pessoas assassinadas, especialmente em São Paulo, e cerca de 3 mil pessoas presas.

Na primeira parte do documentário, vai ser mostrado o caminho dos imigrantes que sonhavam com o regresso ao Japão em meio ao desespero por causa da repressão iniciada pelo governo do Brasil quando a II Guerra Mundial começou. Eles enfrentaram a pobreza no ¨Novo Mundo¨ e conviveram com o estigma de serem japoneses em pleno conflito global.
Na segunda parte do documentário, vai ser narrada a história verídica dos confrontos entre os ¨kachigumi¨e os ¨makegumi¨ e vai ser explicado porque esse conflito se agravou e terminou em tragédia, com a série de assassinatos.
Esta é a história dos primeiros imigrantes japoneses que, inclusive hoje, seguem com o pensamento de um dia voltar à terra natal. (ipcdigital)

DADOS:
Canal BS1 NHK
Dia: sexta-feira 15 e sábado 16
Horário: das 22h00 às 22h50.

http://br.ipcdigital.com/2014/08/15/verdadeira-historia-dos-kachigumi-e-dos-makegumi-brasil-em-documentario-da-nhk/

Fotografia: fazer curso? Fazer faculdade? Ou aprender por conta?


Eu comecei na fotografia sem querer. Fui trabalhar num estúdio de fotografia com edição de imagens e acabei me interessando pelo assunto lá. Quando mostrei interesse, minha chefe me ajudou ensinando tudo o que podia e me levando para alguns eventos (primeiro para carregar a luz, depois como terceira ou segunda fotógrafa). Fui aprendendo com a experiência, com leituras e com a internet.
Foi assim que eu comecei, mas existem vários caminhos a se tomar. Perguntas relacionadas a este assunto são algumas das mais comuns: “Como aprender fotografia sem dinheiro?”, “Vale a pena fazer cursos?” e “Qual faculdade fazer?”
brasil
Posso não ter uma resposta definitiva para cada uma dessas perguntas, mas posso dar alguns pitacos com base na minha experiência :)

Como aprender fotografia se não tenho dinheiro?

Sei bem como é essa situação e não fiz cursos exatamente por este motivo! O que fiz para contornar a situação de falta de grana:
  • Li muito o manual da minha câmera. A maioria das coisas que são ensinadas em cursos pagos estão no manual.
  • Usei muito a internet. O Youtube tem tudo que há de pior e de melhor no mundo, e fazendo uma simples busca você encontra muitos canais e vídeos explicando todo tipo de dúvida.
  • Li livros de fotografia. Para economizar, comprei livros velhos e ultrapassados em sebos (o bom é que o básico da fotografia não muda) ou visitei livrarias e li os livros lá mesmo (a maioria das livrarias grandes permitem que você leia os livros sem comprar, e até possuem sofazinhos para isso.)
  • Fui trabalhar. Se você considera se profissionalizar na área, procure uma empresa ou estúdio de fotografia que esteja oferecendo estágio ou vaga para fazer café. Não precisa ser uma empresa famosa que você admire de coração, nem precisa ser um fotógrafo ou fotógrafa importante. Até porque pessoas famosas e importantes provavelmente não têm vagas de assistente assim dando sopa.

E cursos? Valem a pena?

Se você tem dinheiro para fazer um curso, com certeza é mais prático do que tentar aprender por conta. Cursos são estruturados e possuem uma continuidade importante para o aprendizado. Muita coisa que demorei anos para aprender eu teria aprendido em horas durante um curso. Existem limitações, como ter que se adequar à velocidade de aprendizado da turma, que às vezes é mais rápida ou mais lenta que a sua. Mas, no geral, cursos são um bom jeito de começar pra quem pode investir nisso.

Claudia, tem como você me indicar um curso na minha cidade?

Não. Não conheço cursos e nem posso endossar nenhum, pois não fiz e não sei, pessoalmente, quais aprovaria. Mas posso dar algumas sugestões:
  • O que muita gente do Brasil inteiro já me disse é que os cursos de fotografia básica no SENAC são bons e baratos.
  • Outra opção é procurar no google por “curso de fotografia em X” (onde “X” é a sua cidade.)
  • Participe também de grupos no Flickr ou no Facebook da sua cidade, daqueles que fazem encontros e passeios fotográficos, e tenho certeza que essas pessoas terão indicações de cursos na sua região.

E faculdade? Qual faculdade fazer pra ser fotógrafa/o?

Faculdade serve somente para duas coisas: 1. ter contatos e 2. ter um papelzinho que diga que você tem uma formação. Se você se sente numa rua sem saída, é possível que não tenha contatos o suficiente. Se você está ganhando menos no seu emprego porque não tem um diploma, o papelzinho é importante.
Se a única coisa que você quer é “aprender”, então veja os itens anteriores.
(É bom lembrar, pra quem não sabe, que a fotografia não é uma profissão regulamentada – em alguns casos, ela é auto-regulamentada, com associações independentes. Você pode ser profissional sem o diploma.)
Se mesmo assim você faz questão de uma faculdade, vá em frente. Estão surgindo algumas faculdades de fotografia pelo país, mas alguns outros cursos também possuem conhecimentos em comum, como design e comunicação.

E workshops, valem a pena?

Faz quatro anos que realizo workshops pelo Brasil inteiro, portanto sempre fiquei com medo que minhas opiniões sobre o assunto fossem vistas com viés de propaganda. Hoje, no entanto, me sinto tranquila para falar sobre o assunto. Este ano quase todas as minhas turmas do workshop de Direção Afetiva já não possuem vagas e esses serão os últimos que farei, pois em 2015 me focarei em outros projetos. Como a auto-promoção neste momento seria inútil, posso dizer com toda a sinceridade: pra saber se um workshop vale a pena eu uso a tática do preço. Se é caro, não vale a pena. Se é barato, é possível que valha. Simples assim. Quem cobra caro para workshops normalmente são pessoas que estão nessa só pelo dinheiro e viram que ensinar é mais lucrativo do que fotografar. Quem cobra barato tem mais chances de estar fazendo isso realmente para compartilhar e dividir um pensamento crítico sobre a fotografia.
Quanto é caro e quanto é barato? Pra mim, qualquer coisa acima de 400 reais já é mais que abuso.
Faz quatro anos que organizo, de forma completamente independente, workshops do Rio Grande do Sul à Roraima, do Acre à Paraíba. Sei quanto custa organizá-los. Cobro R$ 200 não por caridade, mas porque é possível ter um lucro honesto com este valor. As pessoas que admiro e que se dispõem a organizar workshops e oficinas também conseguem cobrar um valor parecido. Já acho que R$ 200 é bastante dinheiro, então fico muito triste de ver que tem gente com coragem de cobrar milhares.
Qualquer pessoa que cobra milhares de reais em um workshop de fotografia está muito mais interessada nela mesma do que em você.
(Penso o mesmo a respeito de congressos.)

Se seu propósito é aprender a fotografar, existem meios fáceis e baratos. Se o seu propósito é se profissionalizar, talvez a principal pergunta para você fazer não seja “como começar” ou “qual curso fazer”, e sim, “por que quero trabalhar com fotografia?” E essa pergunta só você vai saber responder.

http://www.dicasdefotografia.com.br/fotografia-fazer-curso-fazer-faculdade-ou-aprender-por-conta

 Política da ambiguidade. Entrevista com Judith Butler


 
A reportagem é de Ivan Marsiglia e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 21-10-2012.
 
Tão logo a polêmica se mostrou "ruim para ambas as partes" - para usar o bordão do candidato derrotado Celso Russomanno -, ninguém quis assumir a iniciativa de tê-la posto em pauta. A discussão sobre materiais didáticos de combate à homofobia, os enviesadamente chamados "kits gays", começou a semana em altos decibéis na boca dos postulantes à Prefeitura de São Paulo José Serra e Fernando Haddad. Depois minguou diante da revelação de que ambos os haviam produzido em suas respectivas gestões à frente do governo do Estado e do Ministério da Educação, até resultar no silêncio obsequioso sobre o tema verificado quinta-feira, durante o primeiro debate televisivo do segundo turno das eleições.
 
Na corrida presidencial de 2010, algo semelhante se verificou no Brasil: o tema do aborto, sempre controverso, entrou e saiu de cena assim que marqueteiros detectaram que a troca de acusações nesse terreno mais afugentava do que atraía eleitores. Ao sumiço pragmático, acrescentou-se quase um pacto republicano de não tocar mais no assunto.
 
Também nos EUA os direitos das minorias voltaram ao noticiário essa semana, depois que uma corte de apelações de Manhattan pediu que fosse alterada a formulação federal que define o casamento como "união entre um homem e uma mulher". Os juízes de Nova York consideram-na discriminatória. Ao mesmo tempo, e em plena campanha eleitoral americana, o Pew Research Center divulgou pesquisa demonstrando que a imensa comunidade latina no país, vista tradicionalmente como machista, resiste cada vez menos ao casamento gay.
 
Foi dentro desse cenário que o caderno Aliás conversou com a filósofa americana Judith Butler, professora da Universidade da Califórnia, em Berkeley, autora da comentada Queer Theory, que sustenta que a identidade sexual ou de gênero é resultado de uma construção social e não de papéis biologicamente definidos. Judith falou sobre a intromissão do tema da homofobia na sucessão paulistana, dos limites à liberdade de expressão quando ela se traveste do discurso do ódio e dos avanços e recuos na luta pelos direitos sexuais nos EUA, na Europa e na América Latina.
 
Eis a entrevista.
 
Quão inusitado é uma discussão sobre material didático de combate à homofobia entrar na pauta de eleições municipais?
 
Depende de que parte do mundo se esteja falando. Vejo isso acontecendo em algumas cidades americanas, na Rússia, na Turquia e em outros lugares. O que levanta a questão sobre a necessidade de um compromisso político que considere efetivamente a homofobia e a transfobia como formas inaceitáveis de discriminação. Opor-se a políticas de combate ou à produção de material didático contra a homofobia significa defender a homofobia. O que me parece um tanto contraditório para qualquer partido político comprometido com a igualdade e a justiça.
 
Representantes do movimento LGBT integram ambos os partidos, PT e PSDB, que disputam o 2º turno da eleição em São Paulo. O que esse ocultamento da 'agenda gay' revela sobre a democracia de nossos dias?
 
Não conheço em profundidade a situação no Brasil, mas está claro que diversos partidos vivem a contradição de ostentar oficialmente políticas de combate à homofobia, num quadro mais amplo de defesa dos direitos humanos, mas, ao mesmo tempo, solapá-las na tentativa de manter o apelo a eleitores religiosos ou conservadores. É uma forma de hipocrisia que acaba por minar as políticas antidiscriminatórias, fazendo delas mero jogo de aparências.
 
Como superar essa hipocrisia eleitoreira?
 
Se há cristãos que enxergam a homossexualidade como pecado ou algo antinatural, há também aqueles que enfatizam o fato de que todos são filhos de Deus, devem ser amados e respeitados. Então, é politicamente importante que os defensores do secularismo fortaleçam as alianças com grupos cristãos não homofóbicos para combater abertamente a estigmatização de minorias sexuais e de gênero.
 
Uma comunidade religiosa pode pregar contra a homossexualidade entre seus pares em nome da liberdade de expressão?
 
Em minha opinião, uma comunidade religiosa pode ter as visões mais tacanhas sobre as mulheres, os gays, as lésbicas, os bissexuais e transexuais. Mas não pode querer impor suas crenças na forma de políticas que contradigam princípios básicos dos direitos humanos. Acreditar é uma coisa; impor discursos e políticas públicas é outra. Claro que devemos combater esse tipo de crença, apelando inclusive aos valores do amor e do respeito ao próximo na tradição cristã - e reforçando os princípios universais que ditam que toda pessoa, independentemente do gênero ou da orientação sexual, deva ser tratada com dignidade.
 
Mas a partir de que momento um julgamento moral deixa de ser uma opinião ou uma crença e torna-se crime a ser punido?
 
Se uma pessoa emite um julgamento moral contra a homossexualidade, essa pessoa deve ser simplesmente confrontada com argumentos melhores. Mas, se ela pretende instalar sua crença na legislação ou desencadeie uma campanha de ódio e discriminação, entramos em outro território. Se essa propaganda homofóbica contribui para a instalação de um ambiente político em que gays, lésbicas, travestis ou transgêneros sintam-se moralmente depreciados ou fisicamente ameaçados, isso jamais poderá ser considerado "liberdade de expressão". Na maior parte dos países europeus, o discurso antissemita é considerado racismo e contra a lei. E o discurso racista é mais facilmente identificado com a injúria do que o homofóbico. Eis o problema. Nos EUA, a liberdade de expressão tende a ser considerada um direito que se sobrepõe a todos os outros e, por isso mesmo, o último a ser passível de restrição. Então, mulheres, travestis e transexuais podem ser perturbados nas ruas sem que isso seja considerado contra a lei, a não ser que fique explícita a intenção de agredir. E o risco de se tolerar esse tipo de discurso é criar um ambiente público intoxicado.
 
A corte de apelações de Manhattan propôs essa semana a alteração do estatuto que define o casamento como união entre um homem e uma mulher por considerar essa formulação discriminatória. Acha que a Suprema Corte vai acatar a proposta?
 
A Suprema Corte teria o poder de tomar a decisão de alterar a definição federal de casamento para que essa não estipule o gênero das pessoas que desejem estabelecer contrato de matrimônio. Mas tenho sérias dúvidas de que a atual configuração da corte vá acatar essa modificação. Não porque regras coletivas estariam se sobrepondo a direitos individuais, mas porque há aqui duas ideias de bem social em competição.
 
O dado da pesquisa divulgada na quinta-feira de que cresceu a aprovação ao casamento gay por parte dos cidadãos de origem latina nos EUA a surpreendeu?
 
Sim, mas não estou certa do que isso signifique realmente. Teríamos que analisar a metodologia usada nas entrevistas para avaliar se está mesmo ocorrendo algo de significativo. Entretanto, faz sentido que um grupo que sofre clara discriminação nos EUA, como os latinos, desenvolvam certa sensibilidade em relação a outros grupos alvo de preconceito. E também é preciso lembrar que há uma significativa população lésbica, gay, bi ou trans entre os latinos. Mesmo o mais conservador deles está sujeito a conviver na família com um primo travesti, uma irmã lésbica ou um filho gay. É algo que faz muita diferença.
 
Na era Bush, com a ascensão dos chamados neoconservadores, a Casa Branca pressionou ONGs com trabalhos no campo da sexualidade e dos direitos reprodutivos, incluindo o aborto, cortando-lhes fundos oficiais. Hoje esses mesmos temas parecem não galvanizar atenções na campanha presidencial de Obama e Romney. Por quê?
 
Muitos esperavam de Obama uma atuação mais forte na área dos direitos civis - aqui em um sentido um pouco distinto do que estamos chamando de direitos individuais. Ele até procurou apoiar movimentos antirracismo, pela equivalência salarial para as mulheres ou rejeitando o boicote contra gays nas Forças Armadas. Mas o fato é que várias dessas ONGs atuam de maneira muito próxima dos poderes públicos, a ponto de se tornar difícil distinguir umas dos outros. Algumas organizações são críticas, mas a maior parte depende do governo, então há uma cumplicidade que precisa ser quebrada para essas políticas avançarem.
 
No início dos anos 1970, em São Francisco, o movimento gay elegeu seu primeiro político, o ativista Harvey Milk, cuja história virou filme. Faltam lideranças que assumam a luta LGBT hoje em dia?
 
De novo, depende de que parte do mundo estamos falando. Em São Petersburgo, esses grupos se mobilizam simplesmente pelo direito de se manifestar em público. Nos EUA, as organizações com mais atuação política estão dedicadas à aprovação do casamento gay. E na África do Sul lésbicas protestam contra os "estupros corretivos". De modo que fica difícil fazer qualquer tipo de generalização. Em geral, a agenda gay consegue se inserir em um retrato maior dependendo do contexto. Às vezes, a única forma de se atuar no mainstream é subscrevendo legendas nacionais mais amplas, como na Holanda e na Alemanha, para depois se detalhar as reivindicações.
 
A Constituição brasileira de 1988 é tida como uma Carta essencialmente social, ao passo que a americana dá bastante ênfase aos direitos individuais. Quanto isso influencia na forma como essas questões são percebidas pela sociedade?
 
Tudo depende de como se vê o coletivo. Se os direitos coletivos são descritos como os que dizem respeito às comunidades e valores tradicionais, então se abre a brecha para que aqueles não se estendam a grupos que não compartilhem esses valores tradicionais. Mas, se entendermos que os direitos coletivos devam ser generalizados a todos, uma vez que todos têm direito à representação na sociedade democrática, vamos encontrar um discurso mais afinado: o de que os grupos de gays, lésbicas, trans, etc. não briguem por direitos individuais, mas por igualdade e justiça para todos, independentemente da sexualidade ou do gênero. Aí, é conveniente o olhar universal. Parece claro, como disse, que a forma como a liberdade de expressão é entendida nos EUA é diferente do entendimento que há na Europa e na América do Sul. Mas, se nos EUA ela goza de certa prioridade, isso tampouco significa que não haja debate sobre seus limites, sobre em que momento o free speech se torna o discurso do ódio e da injúria.
 
Essa semana o Uruguai se tornou o segundo país da América do Sul a descriminalizar o aborto. Vê sinais de mudança na região?
 
É uma boa questão... Mas deixe-me incluir também o caso Karen Atala, no Chile, em que a Corte Interamericana de Direitos Humanos teve de intervir em 2010 para condenar o Estado chileno por haver negado a guarda de suas filhas por causa de sua orientação sexual (assumidamente lésbica, Atala perdera, por esse motivo, a guarda para o ex-marido). Então, há sinais ambíguos. Mas creio que apesar das pressões do populismo, das tradições católicas, das imposições dos mercados sobre a agenda dos direitos, desconfio que vamos continuar a ver inovações radicais na América Latina.
 
A sra. definiu sua famosa Queer Theory como uma argumentação contra 'o que a identidade de uma lésbica ou de um gay devam ser'. Não é justamente a afirmação de sua identidade que esses grupos buscam?
 
Apenas quero dizer que, ainda que a afirmação da identidade sexual ou de gênero seja importante, também temos que nos questionar sobre como tais termos são definidos e a partir de que momento se transformam em outros tipos de rótulo. Uma pessoa não quer se libertar da homofobia para se ver aprisionada de novo em outra ideia restrita de identidade. Para mim, a Queer designa uma forma de aliança em que a sexualidade não seja nem prescrita nem policiada - a menos que machuque alguém.
 
Em outra ocasião, a sra. escreveu que 'não nos tornamos humanos ainda' e que 'a categoria do humano é um processo de vir a ser'. Diante do mundo hoje, diria que estamos a caminho ou nos afastando desse objetivo?
 
Vivemos tempos de risco, e não estou segura de que sequer saibamos o que é ser humano. Parece-me claro que os humanos não são humanos fora de um mundo social mais amplo, e também não o são quando se definem exageradamente em oposição à sua natureza animal. Não podem ser humanos, ainda, se não reconhecem a dependência do meio ambiente em que vivem, por comida, abrigo, sobrevivência. Temos muito a aprender sobre todas essas relações que nos fazem humanos. São elas que ampliam nossos limites, e são essenciais não só para a sobrevivência como para nosso bem-estar.

http://www.homorrealidade.com.br/2014/08/politica-da-ambiguidade-entrevista-com.html

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Moocs: será que esse tipo de educação funciona?

17/04/2014 - 15H04/ atualizado 15H0505 / por Luciana Galastri

OS ÚNICOS: Apenas William, Bruno, Artur, Gabriel e Guilherme conseguiram o certificado no Mooc da USP (Foto: Camila Fontana/Editora Globo)
William Palmieri, Guilherme Amaral, Gabriel Aguado, Bruno Araújo dos Santos e Artur André não são gênios. Mas foram os únicos, dentre 15 mil estudantes, a passar na prova final e receber o certificado de uma disciplina da USP em fevereiro. Não era seleção para astronauta, e sim aulas de física básica no primeiro curso aberto e massivo on-line (Mooc, na sigla em inglês) conduzido por uma universidade da América Latina. A taxa de aprovação baixíssima da iniciativa brasileira, no entanto, está longe de ser ponto fora da curva. Uma série de levantamentos recentes apontam que apenas 5% dos alunos conseguem certificado nessa modalidade de ensino, o que levanta uma questão importante. Será que esse tipo de curso, tão alardeado como jeito revolucionário de democratizar a educação, funciona?
No caso da iniciativa brasileira, houve problemas específicos. A prova final tinha de ser feita em uma única data e na capital paulista, o que afastou os estudantes: apenas dez deles apareceram para a avaliação. Só que isso não é justificativa para que, antes da prova, apenas 10% dos alunos tenha chegado ao fim das aulas.
Para os alunos que receberam certificados, não foi a dificuldade que deixou os colegas pelo caminho. Para o professor, tampouco foi o conteúdo. “Acredito que as aulas até ficaram melhores do que as presenciais. Dei mais detalhes, curiosidades, pensei em despertar o interesse de mais gente”, diz Vanderlei Bagnato, responsável pelo curso. O motivo da evasão é uma incógnita não apenas para a USP, mas para a imensa maioria das universidades mundiais envolvidas com os Moocs. Especialistas começam agora a sugerir que o problema pode estar no próprio formato.
 (Foto: Camila Fontana/Editora Globo)
NEM REVOLUÇÃO, NEM FRACASSO
As primeiras experiências com Moocs começaram há seis anos, mas se popularizaram em 2012, quando cursos de várias das melhores universidades do mundo, como Stanford, MIT e Harvard, entraram em grandes plataformas on-line. Seguiu-se um otimismo generalizado com a possibilidade de levar o melhor ensino do mundo para todos os países e classes sociais.
O jornal The New York Times decretou que 2012 era o “ano dos Moocs” e um dos seus principais colunistas, Thomas Friedman, disse que “nada tem mais potencial do que eles para tirar pessoas da pobreza”. O especialista em educação David Wiley previu que as universidades físicas ficariam irrelevantes já em 2020. Para Sebastian Thrun, pioneiro dos Moocs e fundador da plataforma Udacity, sobrariam apenas dez faculdades; o resto das aulas seria on-line.
Assim que os primeiros dados sobre esse tipo de educação começaram a aparecer, entretanto, o otimismo desceu do que a consultoria Gartner chamou em julho de 2013 de “pico de expectativas infladas”.
Primeiro, um estudo da Universidade da Pensilvânia, de dezembro de 2013, constatou que, em 32 cursos da plataforma Coursera (uma das maiores), apenas 4% saíam aprovados. O número foi bem parecido (5%) quando, no mês seguinte, pesquisadores de Harvard e do MIT analisaram a plataforma conjunta das universidades, a edX. Esse estudo trouxe um número ainda mais preocupante: 91% dos alunos sequer tinham visto metade do conteúdo das aulas.
Resultados como esse fizeram Sebastian Thrun — o da previsão de que restariam dez faculdades — reverter a empolgação e dizer à revista Fast Company que os Moocs são “um produto inferior”. O dono da Udacity é o professor mais reconhecido dessa área — o que fez sua declaração cair como uma bomba. A partir da constatação, ele decidiu mudar o foco da sua empresa para cursos voltados a instituições privadas.
Dados negativos como esse não mudam a opinião de Carlos Souza, CEO e cofundador do Veduca (a plataforma on-line da USP) de que a primeira iniciativa brasileira representa uma vitória. “Milhares aprenderam, alguns fizeram a prova, outros passaram. Isso vai ao encontro do objetivo de democratizar a educação”, afirma. O raciocínio vale também para as desanimadoras estatísticas internacionais. Colocados em perspectiva, os 4% de aprovados no Coursera correspondem a 16 mil estudantes, e os 5% da edX são 43 mil pessoas, quatro vezes o número de vagas da USP, por exemplo. Olhando dessa forma, o resultado não parece ter sido tão ruim assim.
É exatamente por isso que o presidente da edX, Anant Agarwal, reclama de uma comparação injusta. “Enquanto as universidades têm um processo seletivo árduo, qualquer um pode se inscrever em um curso on-line por impulso, com apenas um clique”, afirma. O professor argumenta que nos cursos on-line, além dos alunos que tentam obter o certificado, há aqueles que querem assistir apenas a uma aula, para tirar uma dúvida, e os curiosos sobre o funcionamento da plataforma.
Dá para ilustrar esse fenômeno dividindo os inscritos nas aulas em quatro categorias, como fez o analista educacional Phil Hill. Segundo ele, a maioria são lurkers (ou “espreitadores”), que sequer acessam o conteúdo antes de desistir, e drop-ins (aqueles que estão “de passagem”), que assistem a uma ou duas aulas. Os participantes passivos, que acompanham as aulas e fazem exercícios mas não discutem em fóruns, e os participantes ativos, que interagem com colegas e professores, são os grupos mais raros.
 (Foto: Camila Fontana/Editora Globo)
DEMOCRATIZAÇÃO?
O Veduca e várias plataformas mundiais fizeram levantamentos para entender melhor esse grupo de participantes ativos — o que chega ao fim das aulas e consegue os certificados. Os dados apontam que de 60% a 80% deles são estudantes que já têm diploma universitário, o que levanta mais uma importante questão. Se o público que consegue passar pelas dificuldades e terminar o curso on-line é justamente o que menos precisa dele, onde está a “democratização do ensino” prometida pelos Moocs?
Antes de se resignar e decidir mudar de rumos, Sebastian Thrun, o fundador do Udacity, tentou reverter essa "elitização" criando alternativas mais inclusivas. Em 2012, ofertou um Mooc experimental, de matemática básica, para estudantes de baixa renda que corriam risco de levar bomba no ensino médio e na universidade.
O curso custava US$ 150, um terço da versão presencial e tinha acompanhamento personalizado. Além disso, os participantes acumulavam créditos na escola graças a uma parceria com o governo da Califórnia. Foi um fracasso: apenas um em cada quatro alunos  on-line escapou da reprovação. Em comparação, metade daqueles que tiveram acesso a aulas de reforço presenciais conseguiram passar.
Carlos Souza, do Veduca, diz que não é uma questão do curso on-line substituir o tradicional, como no experimento do Udacity, mas de complementá-lo. “O curso presencial, obviamente, tem uma profundidade muito maior. O contato do professor com o aluno facilita muita coisa”, admite. Para Jason Lodge, especialista em aprendizado da Universidade de Griffith, os problemas estão no formato dos Moocs. “Assistir a alguns vídeos e responder a algumas perguntas de múltipla escolha não pode ser considerado pedagogia de última geração”, escreve em artigo recente na revista on-line E-campus News. O especialista acrescenta que o objetivo da educação superior é transformar o jeito de pensar. “Tentar acelerar e baratear esse processo muda também o resultado”.
RECUPERAÇÃO
Ainda faltam dados para entender melhor o que leva as pessoas a largarem os cursos. Estudos que estão sendo conduzidos neste momento pela Universidade de Pensilvânia e pela plataforma edX pretendem aprofundar-se nessa questão, mas, enquanto isso não acontece, já existem iniciativas tentando resolver o problema. “Há um investimento em tecnologias que permitem maior interação e personalização nesses cursos, que vão torná-los mais eficientes do ponto de vista do ensino e da aprendizagem”, diz a especialista em e-learning Denise Lotito, para quem os Moocs ainda estão na sua primeira fase. Como exemplo dessas tecnologias, ela cita laboratórios virtuais para a realização de experimentos de forma remota.
Um deles é o Phet Interactive Simulations, mantido pela Universidade do Colorado, que já tem em seu acervo experiências nas áreas de física, química, biologia e matemática — algumas traduzidas para o português. Numa atividade de física, por exemplo, a plataforma permite que o aluno selecione diferentes pesos e analise como sua escolha altera a forma de uma mola por meio de simulações.
Nessa linha, o Google lançou recentemente o Oppia, uma ferramenta aberta, voltada aos professores. Nela, é possível criar provas, programar experiências e reproduzi-las on-line em qualquer lugar do mundo. E, em território nacional, o Veduca também promete modificar o formato dos seus Moocs para que eles tenham mais projetos em grupo, além de encorajar a interação entre alunos por meio de uma ferramenta similar a um fórum, que deve estrear no segundo semestre.
Isso vai afetar a taxa de desistência dos cursos abertos on-line? O especialista Phil Hill diz acreditar que sim. “Os Moocs já estão evoluindo, daqui a alguns anos não teremos apenas os vídeos. Eles serão oferecidos e consumidos de outra maneira. E, como estamos passando da fase hype, menos pessoas vão se inscrever só para conhecer essa novidade.”
COMO CHEGAR AO FIM DE UM MOOC | Especialistas dão dicas sobre como escapar do destino da maioria dos estudantes e concluir um curso on-line
ESCOLHA TEMAS DE SEU INTERESSE > É mais provável que você termine um curso cujo o assunto tenha aplicação direta em sua profissão ou em seus estudos.
COMECE CEDO > Pesquisa da Universidade de Stanford mostra que os estudantes que entram no curso mais tarde costumam chegar menos ao final das aulas.
ORGANIZE-SE > Nas aulas da USP, os alunos aprovados afirmam que sempre separavam algumas horas por dia para o curso, o que os ajudou a continuar.
TIRE DÚVIDAS > A mesma pesquisa da Universidade de Stanford indica que os que participam menos nos fóruns de dúvidas são os que menos terminam o programa.
USE APPS > O Moocs4U (para iOS e Android) ajuda a encontrar Moocs. Já o GroupMOOC (iOS), a organizar suas tarefas, prazos e participação em fóruns.
Fontes: Romero Tori, especialista em educação da USP;  estudo Turn on, Tune in, Drop out: Anticipating student dropouts in Massive Open Online Courses (Stanford); Phill Hill, consultor de tecnologia educacional; Vanderlei Bagnato, professor dos Moocs da USP; e David Blake, cofundador da rede social especializada em educação degreed.com

ESCOLHA UM CURSO ON-LINE | Opções com certificado ofertadas por universidades brasileiras que podem ser encontradas em veduca.com.br*

BIOENERGÉTICA
Instituição: UnB
Certificado: Gratuito
ELETRO-MAGNETISMO
Instituição: USP
Certificado: Gratuito
ÉTICA
Instituição: USP
Certificado: Gratuito
MBA EM ENGENHARIA E INOVAÇÃO
Instituição: USP/ UFSC
Certificado: Pago (R$ 5.977,00 à vista)
PROBABILIDADE ESTATÍSTICA
Instituição: USP
Certificado: Gratuito
*Além desses, há opções de cursos internacionais com legenda. As aulas podem ser iniciadas a qualquer momento.

http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2014/04/moocs-sera-que-esse-tipo-de-educacao-funciona.html

Buda dentro de nós mesmos: psicóloga defende auto-compaixão contra obsessão por auto-estima

“Nessa sociedade incrivelmente competitiva que é a nossa, quantos de nós sentimos verdadeiramente bem a respeito de nós mesmos?”. Essa pergunta abre capítulo um do novo livro “Self-Compassion“, da psicóloga americana Kristin Neff, professora de Cultura e Desenvolvimento na Universidade do Texas. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Kristin condenou a obsessão pela alta auto-estima, que segunda ela está elevando os graus de narcisismo de nossa cultura, e prega o auto-compaixão, inspirada no Budismo.
Enquanto a auto-compaixão traz a compreensão e a aceitação de nós mesmos, que nem sempre vamos ser muito bons ou melhores, a busca pela auto-estima, segundo ela, “acirra a rivalidade e pode levar à agressividade”. Então qual é a resposta? “Parar de julgar e avaliar nós mesmos“, diz ela ainda no primeiro capítulo.
“Se você quer que os outros sejam felizes, pratique compaixão. Se você quer ser feliz, pratique compaixão”.
~ Tenzin Gyatso, XIV Dalai Lama
Abaixo, um trecho da entrevista que Kristin Neff concedeu à Folha, que pode ser lida na íntegra no site do jornal, “Cultura da autoestima é contestada por psicóloga americana“.
Como uma autoestima elevada pode fazer mal?
Kristin Neff – Não é o fato de ter uma autoestima elevada que é prejudicial, mas o que se faz para consegui-la ou mantê-la. Você precisa ser o número um, precisa se sentir especial e melhor do que os outros. Se, por exemplo, a sua performance no trabalho está abaixo da média, você se sente abaixo da média.
Por que a busca pela boa autoavaliação é tão prejudicial?
Kristin Neff – Porque acirra a rivalidade e pode levar à agressividade. Há quem sustente que muitas crianças praticam bullying porque têm baixa autoestima. Na verdade, elas obtêm sua autoestima colocando os outros para baixo, provocando, batendo. Assim se sentem melhores do que os outros. Pessoas preconceituosas usam critérios como raça ou religião para se dizerem melhores em relação aos que integram os outros grupos. O preconceito vem desse sentimento de que o grupo ao qual pertenço é melhor do que o outro e de que tenho que me sentir melhor do que o outro.

A autocompaixão é a alternativa que você propõe?
Kristin Neff – Sim. Se a autoestima implica você se julgar positivamente, a autocompaixão não envolve julgamento. Diz respeito a responder com carinho para si mesmo nos momentos de sofrimento. É como a compaixão: vejo que alguém está sofrendo e me esforço para ajudar a pessoa. Tanto a autocompaixão quanto a autoestima têm os mesmos benefícios, mas a primeira não tem os prejuízos da segunda. Se a autoestima te abandona, te ignora ou te critica quando algo ruim acontece, a autocompaixão te dá apoio quando você sofre, sente medo, é rejeitado ou falha.

http://dharmalog.com/2011/08/03/buda-dentro-de-nos-mesmos-psicologa-defende-auto-compaixao-contra-obsessao-por-auto-estima/

Judith Hill


From Wikipedia, the free encyclopedia
Judith Hill
Judith Hill crop.jpg
Judith Hill performing at the 2011 International Women of Courage ceremony
Background information
Birth name Judith Glory Hill[1]
Born Los Angeles, California, United States
Genres Pop, Soul, R&B, neo-soul
Occupations Singer-songwriter
Instruments Vocals, piano
Years active 2007–present
Labels Sony Music
Associated acts Michael Jackson
Elton John
Ai (singer)
Carole King
Barry Manilow
Rod Stewart
Josh Groban
Website judithhill.com
Judith Glory Hill is an American singer and songwriter born in Los Angeles, California. Her voice is "distinctive, soulful and has an earthy quality that makes it unique". She has provided backing vocals for such artists as Michael Jackson, Stevie Wonder, Elton John, and Josh Groban. In 2009, Hill was chosen as Jackson's duet partner for the song "I Just Can't Stop Loving You" during his This Is It concert tour. After Jackson's death in 2009, she, along with the rest of the This Is It cast members, performed at Jackson's memorial service and attracted global attention when she sang the lead on the song "Heal the World". Hill's rise to fame is briefly recounted in 20 Feet from Stardom, a documentary film that tells the untold true story of the backup singers behind some of the "greatest musical legends of the 21st century". She is also a featured artist on the film's soundtrack.
Hill became a contestant during the fourth season of The Voice. Her elimination during the Top 8 show was considered one of the most shocking of the season. A number of Hill's original ballads, including "Desperation" were featured in the 2012 Spike Lee film Red Hook Summer. Hill opened for Josh Groban during the third leg of his All That Echoes World Tour (North America) in Fall 2013. She also performed two duets with him in his set for "The Prayer" and "Remember When It Rained", the latter of which was released as a single. She has signed with Sony Music and her debut album will be available in 2014.

http://en.wikipedia.org/wiki/Judith_Hill

Jovem que foi cuidada por avó na infância carrega idosa para o trabalho todos os dias para evitar deixá-la na solidão




Huang Li Hua, de 24 anos, do sudoeste de Chongqing, município da China, contou que seus pais, quando ela era uma criança, precisavam ir trabalhar e, como resultado, eles a enviavam para ficar com a avó Wan Zongsiu, de 88 anos, no campo. Hoje, depois de vários anos, é ela que cuida leva a avó para o trabalho.
“Ela nunca me deixou trancada em casa, se ela estava indo ao mercado, visitar amigos ou trabalhar nos campos, ela me levava junto. E eu nunca quis nada mais, havia sempre boa comida para comer e muito amor,” disse Huang.
Pouco tempo depois ela começou a ir para a escola e voltou para a cidade de seus pais, mas nunca esqueceu o seu tempo com a avó.
Jovem que foi cuidada por avó na infância carrega idosa para o trabalho todos os dias
Huang Li Hua cuida de sua avó e a leva para trabalhar todos os dias, mesmo que seja preciso carrega-la, retribuindo carinho que recebeu na infância.
Depois de deixar a escola, ela foi pela primeira vez trabalhar na província do leste da China, em Guangdong, onde ganhou dinheiro suficiente para voltar para casa de seus pais e começar seu próprio negócio, um restaurante de fast food na cidade.
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Ela disse: “Eu tenho tudo que eu quero na minha vida agora. Um namorado que eu amo muito e um negócio que está indo bem. Por isso era natural para mim que eu devesse pensar em minha avó, que me deu tanto amor e cuidou de mim.”
Caring Granddaughter Takes Grandma, 88, To Work Every Day
Huang levou a avó para a cidade e passou a cuidar da idosa, levando-a para trabalhar todos os dias no restaurante.
Caring Granddaughter Takes Grandma, 88, To Work Every Day
Apesar de sua avó nem sempre se sentir bem o suficiente no trajeto, ela ainda faz o percurso diário mesmo que sua neta tenha que carregá-la.
Caring Granddaughter Takes Grandma, 88, To Work Every Day
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Fonte: Daily Mail

http://www.gadoo.com.br/entretenimento/jovem-que-foi-cuidada-por-avo-na-infancia-carrega-idosa-para-o-trabalho-todos-os-dias-para-evitar-deixa-la-na-solidao/